Night Track se torna desafiadora quando uma tormenta cai sobre a cidade de Morumgaba

Foto: Divulgação



A cidade foi castigada por fortes chuvas e a corrida se tornou uma verdadeira prova de resistência para motos e pilotos, mas sem deixar a competitividade e organização.

Foi dada a largada! Nesse final de semana aconteceu a primeira de seis etapas do BRHE na bela Morungaba/SP. A equipe Beta apostando em pilotos jovens e staff experiente começou de forma feliz essa travessia de meia dúzia de pernas.

Pilotos, equipes e equipamentos prontos e preparados para um acirrado e charmoso prólogo noturno e, no dia seguinte, uma prova que já prometia ser dura. Tudo certo no prólogo. Apesar da chuva que caiu logo antes, (e já vinha caindo durante a semana) não houveram muitos problemas, o terreno tracionava bem. 

Pilotos oriundos do Enduro FIM se destacaram nesse primeiro dia, como Fernando Juruna, piloto Beta Uai Racing que, mesmo com o joelho lesionado, cravou P1 na categoria Silver, ou o Portuga, Diogo Vieira, também P1 na Gold. Elizeu Junior, jovem piloto Beta, cravou P1 na Iron já mostrando a que veio.

Terminada a premiação, hora do descanso, certo? Mais ou menos, mais ou menos. Todos de olhos e ouvidos atentos à chuva que caía lá fora e prometia ainda mais dureza à competição no dia seguinte.

Como esperado, muita lama, dificuldade de tração, um esforço hercúleo para pilotos e um teste de resistência para máquinas. Alguns ficaram pelo caminho pelo desgaste extra ou armadilhas que a natureza prepara quando juntamos inclinação forte e muita água. Foi o caso do piloto Beta Uai Racing, Junior Bitelão que acabou atolado em uma poça de lama, sem condições de sair e, portanto, de terminar a prova.

Uma unanimidade entre os pilotos foi a exigência física e o desafio de navegar nas condições em que a prova transcorreu. Pedrinho Zanneti, da Cat.  Silver falou um pouco da experiência:

Foi bastante desgastante fisicamente. Também navegar naquelas condições. Fiquei realmente feliz de não perder nenhum PC e chegar inteiro no final. Me ajudou demais o conjunto da moto, pneus, isso foi incrível. Eu sentia que podia exigir da moto sem medo de ficar na mão e os pneus empurravam mais do que eu imaginava. Agora minha cabeça já está focada em Barão de Cocais. – Pedro Zanneti – Piloto Cat. Silver da Equipe Beta Uai Racing

Navegar já seria um desafio a parte para os pilotos oriundos de outras modalidades. Sob tais condições, o nível foi ainda maior, como garantiu Fernando Juruna. O piloto, duas Medalhas de Ouro no Isde Six Days, também ressaltou esse desafio. Disse o Juruna: 

Pouca gente sabia, mas eu estava não com um, mas com dois joelhos lesionados. Mesmo assim faturei o P1 do prólogo. Na prova meu objetivo era completar e aprender. Ter uma melhor noção do que são as trilhas, de como é seguir o GPS. Acredito que pelo contexto, consegui entregar o que podia, um P12 que me deixou feliz. Estou focado agora em me recuperar e estar bem, física e mentalmente pras próximas etapas. Tem sido incrível me testar em uma nova modalidade. – Fernando Juruna – Piloto Cat. Silver Beta Uai Racing

Mas quem gosta dessa modalidade, sabe que as dificuldades são o charme, o que chama a atenção. Afinal, o nome é Hard Enduro e não Easy. É preciso ressaltar a qualidade da organização da prova e que a vontade de sofrer um bocadinho faz parte do game. Foi com esse espirito que colhemos o depoimento de Ronaldo Polleto, piloto P8 na categoria Gold, que parece ter se divertido no Night Track.

Bah, a prova foi incrível, show de bola. Claro que a chuva dificultou bastante, mas o Hard é isso mesmo. Pegamos umas trilhas bem destruídas no final, ficamos em 3 (pilotos Gold) por 2h30 numa trilha, com corda, com tudo e não conseguimos sair da trilha. Mas é isso, show de bola a organização e a prova. – Ronaldo Poletto – Piloto Cat. Gold Beta Uai Racing

Apesar de dificuldades no prólogo devido ao trânsito na Cat. Bronze, Augusto Toshiro fez uma corrida de recuperação e fechou em P3 na prova.

Estava extremamente liso e desgastante. Por conta do prólogo, tomei um penal de 10 minutos que precisava tirara na prova. Foquei na pilotagem e consegui colar nos ponteiros. Foi uma ótima abertura de temporada. – Toshi – Piloto Cat. Bronze Beta Uai Racing

Um destaque na prova e na equipe Beta foi o jovem prospecto Elizeu Júnior, único piloto de todo o Night Track a vencer Prólogo e Corrida. Estamos ansiosos para ver o crescimento desse piloto que já promete muito. Sem sentir a pressão, Elizeu falou sobre sua experiência em Morungaba:

A chuva do prólogo deu uma apimentada, não chegou a dificultar, mas já na prova… foi duro. Muito lisa com muita inclinação. Lugares em que você tinha que dar muita mão e sem saber o que viria à frente, mas era isso ou não subia. (…) e acaba que essa dificuldade a mais também deixa a gente mais feliz no final, ainda mais com esse resultado. – Elizeu Júnior – Piloto Cat. Iron Beta Uai Racing

Não é possível concluir outra coisa senão que a Night Track continua sendo uma das etapas mais incríveis do calendário e que, com chuva ou não, Morungaba recebe bem demais os amantes do Hard Enduro. Contas fechadas é hora do descanso merecido e a preparação necessária para a próxima etapa, em Barão de Cocais, nos dias 19, 20 e 21 de abril. Nos vemos lá. 

LEIA MAIS:  VÍDEO: Melhores momentos do ISDE 2021 - dia 1

A equipe Beta Uai Racing Team agradece aos seus patrocinadores: 

BETA MOTOR BRASIL, TRAIL LAND, UAI RACING, ITALIAN BRAAP, R BOLT, DYVA BRASIL, AXT MOTO, VELOX PROTEÇÃO, 230BRASIL, AMX ACESSÓRIOS, BIKER ACESSÓRIOS, BMS RACING, DROPMUD OFFROAD, KENDA BRASIL, RENOVA GRAFIX, PIX DESIGN LABS, FERZZA


FONTE: ASSESSORIA