Tradicional prova do off-road nacional inicia as disputas nesta quarta-feira (27/1), no Piauí
A temporada 2021 vai começar para a equipe Honda Racing. Nesta semana, os pilotos Dário Júlio, Gabriel Soares, Bárbara Neves e Thiago Veloso encaram a 34ª edição do Rally Piocerá, que será realizada de 27 a 30 de janeiro, entre Teresina (PI) e Aquiraz (CE). Com patrocínio do Consórcio Nacional Honda, a tradicional prova do off-road nacional contará com 958 quilômetros a serem percorridos pelas motos durante quatro dias de disputas.
A competição, que passará também pelas cidades de Piripiri (PI), Ubajara (CE) e Canindé (CE), é válida pela abertura do Campeonato Brasileiro de Enduro de Regularidade. Além das motos, o Rally Piocerá reúne mais quatro categorias: carros, quadriciclos, UTVs e bicicletas.
Devido à pandemia do coronavírus, a organização do Rally Piocerá seguirá todos os protocolos de saúde e segurança estabelecidos pelos estados e municípios. O evento não terá acesso ao público e os participantes devem apresentar exame de Covid-19. Haverá medição de temperatura na entrada, além de distanciamento social em atividades presenciais.
Líder da equipe Honda Racing, Dário Júlio vai em busca do sexto título do Rally Piocerá (que em anos pares ganha o nome de Cerapió, por largar no Ceará e chegar no Piauí). Neste ano, ele disputa a classe Over 40, com a moto CRF 250F.
Adoro esta prova, faz parte do meu calendário há muito tempo. É sempre um prazer começar a temporada com essa competição, não só pela estrutura do evento e sim pela região, já que o povo do Piauí e Ceará nos recebe muito bem. As trilhas são bem técnicas, o que gera sempre um nível alto de disputa, destaca o experiente mineiro tricampeão da Master (2007, 2008 e 2009), campeão da Over 40 (2018) e campeão da Brasil (2020).
Pela segunda vez na competição, Gabriel Soares, campeão brasileiro de enduro na E2 em 2020, vai encarar novamente a prova de regularidade na categoria Sênior.
As expectativas são as melhores possíveis. Fiz um treino de planilha com o Dário, o que me ajudou muito. A experiência dele, com certeza, vai fazer diferença demais. Ano passado fiz o quarto lugar e agora o objetivo é ganhar. Estou bem confiante, bem fisicamente, e vou em busca da vitória, destaca o mineiro. Ele acelera a CRF 450RX.
Única representante feminina entre todas as motos inscritas, Bárbara Neves disputa mais uma vez a classe Júnior, com a CRF 250F.
Sempre comento que o Rally Piocerá/Cerapió é uma prova que tenho muito carinho, porque lembro que acompanhava meu pai nessa competição quando criança. Agora sou eu quem está competindo e ser a única mulher nas motos torna esse desafio muito maior, conta a goiana de 20 anos.
Estreante na prova, o mineiro Thiago Veloso quer representar bem a equipe Honda Racing na categoria Brasil, destinada às motos de fabricação nacional, com a CRF 250F.
Os preparativos foram a todo vapor e treinei bastante para retomar o ritmo para a prova. Eu nunca participei do Rally Piocerá, mas sempre tive muita vontade de acelerar nessa competição, diz o atual campeão do Rally dos Sertões da classe Brasil.
Quem está na mesma categoria é Tiago Wernersbach, da Edgers Factory Team, equipe satélite Honda. O tricampeão brasileiro de enduro na categoria E4, para motos nacionais, começa o ano com este novo desafio.
É minha primeira vez no Rally Piocerá, que é totalmente diferente das competições que estou acostumado a fazer. É uma experiência nova, uma prova mais longa, com quatro dias, e eu vou tentar fazer o melhor, completa o capixaba, que utiliza a motocicleta CRF 250F.
A equipe Honda Racing de Rally é patrocinada por Pro Honda, ASW, Alpinestars, DID, Michelin e Seguros Honda.
Programação Motos Rally Piocerá 2021
26/1 – terça-feira – Teresina (PI)
Vistoria técnica, briefing virtual e largada promocional
27/1 – quarta-feira – 1º dia
Motos – Teresina (PI) a Piripiri (PI) – 257 km – 7h05min de prova
Largada 1ª moto: 7h
Chegada 1ª moto: 14h
Logo no começo, as motos já pegam uma trilha com alto grau de dificuldade, com algumas pedras, areias, passagem no meio das carnaúbas, ajustada para o piloto andar o tempo todo com adrenalina. Haverá subidas de serras na região de Altos (PI) e descidas com vários degraus e cavas, que vão exigir muita pilotagem e coragem. Na segunda parte do dia, até Campo Maior (PI), a competição passa pelo Vale dos Dinossauros. Por mais que o local seja conhecido, a trilha será diferente: trechos novos, degraus de pedras e bastante navegação. Na terceira parte, até Cocal de Telha (PI), os competidores vão encarar muita areia, piso fofo e média apertada para o piloto andar na técnica e não perder tempo. O trecho final, até Piripiri (PI), terá novamente piso de areia, vegetação nativa, travessia de rios, pedras e estradas velhas abandonadas.
28/1 – quinta-feira – 2º dia
Motos – Piripiri (PI) a Ubajara (CE) – 187 km – 5h20min de prova
Largada 1ª moto: 8h
Chegada 1ª moto: 13h
A primeira parte da prova vai ter muita subida e descida de serra; estradas abandonadas, trechos de pedras e trilha no meio de vegetação nativa. Na segunda parte, a prova já entra no vale do sertão, na divisa do Piauí com o Ceará. É um trecho de muita areia fofa, que exigirá bastante de pilotos e equipamentos. Também terão laços para apimentar a navegação. Na terceira parte, os participantes vão em sentido à subida para Ubajara e encontrarão muita trilha de pedra e médias apertadas, além de areia.
29/1 – sexta-feira – 3º dia
Motos – Ubajara (CE) a Canindé (CE) – 320 km – 9h10min de prova
Largada 1ª moto: 6h30
Chegada 1ª moto: 15h40
Será o dia mais longo da competição. O primeiro trecho é mais de estradinhas, próximo de plantações, no alto da Serra da Ibiapaba. Depois que passar Guaraciaba do Norte (CE), a prova fica mais técnica, com muita navegação e trilha, com destaque para a descida dos Rolling Stones I, II e III. Serão 15 km de três trilhas intercaladas com estradas. Na parte do sertão, a prova passa por um grande trecho de pedra, também muito técnico. Em Santa Quitéria (CE), o percurso fica mais plano, com menos dificuldade, porém com média horária justa, intercalada com neutros técnicos. No final, chegando em Itatira (CE), haverá um neutro e depois trechos de serra, mais pedras e passagem por uma região mais seca.
30/1 – sábado – 4º dia
Motos – Canindé (CE) a Aquiraz (CE) – 194 km – 5h45min de prova
Largada 1ª moto: 8h
Chegada 1ª moto: 13h45
Os participantes não terão prova fácil no último dia. Logo na saída de Canindé, os pilotos encaram uns 15 quilômetros de estrada até chegar na serra. Lá será uma grande sequência de subidas e descidas, muitas pedras, trecho de hard enduro, mata atlântica, estradinhas de calçamento e muita vegetação nativa. A subida da serra tem 700 metros de altitude e clima ameno, porém com trilhas. Depois de descer a serra, a prova entra em uma parte plana, no sentido de Fortaleza, com menor grau de dificuldade. Para encerrar, dunas e areias, já na região de Aquiraz.
TOTAL DO PERCURSO: 958 km
* A programação é fornecida pela organização do evento e está sujeita a alterações.
FONTE: Mundo Press – FOTO: Doni Castilho/Mundo Press