AMA MOTOCROSS: Comprovante de escolaridade será obrigatório




A MX Sports Pro Racing lançou o regulamento completo da competição para o Campeonato de Motocross Lucas Oil Pro em 2020. No entanto, há uma medida inédita que só entrará em vigor a partir de 2021: a escolaridade obrigatória.

Os pilotos que competem na classe 450 deverão passar a apresentar o diploma do ensino secundário ou equivalente, ou estar inscritos am algum programa do ensino secundário. No entanto, este requisito não se aplica aos pilotos detentores de uma licença AMA Pro Motocross emitida antes de 2020.

Lembrando ainda que a escolaridade obrigatória completa nunca foi exigida no mundo do motocross, embora o tema tenha sido amplamente discutido após o aumento da popularidade da modalidade. Esta será certamente uma questão que as futuras gerações de pilotos, incluindo alguns dos atuais amadores, terão de resolver antes de subirem para a classe 450.

O regulamento de 2020 apresenta muitos outros requisitos que passarão a ser necessários para competir ao mais alto nível. A partir deste ano, a idade mínima de um piloto da classe 450 passará a ser de 18 anos, mais dois anos em relação àquilo que era pedido até agora. Isto encorajará os pilotoa a passarem mais tempo a desenvolver as suas capacidades na classe abaixo.

O campeonato também passará a ter de cumprir as regras e procedimentos do Código WADA, com o objetivo de desencorajar os atletas de utilizarem substâncias que melhorem o desempenho. A partir de 2020, os pilotos não correrão o risco de uma proibição por quatro anos na sua primeira infração ao Código WADA e, em vez disso, enfrentarão um período máximo de inelegibilidade de um ano para infrações que envolvam uma substância especificada e um período máximo de inelegibilidade de dois anos para infrações que envolvam uma substância não especificada ou um método proibido.

LEIA MAIS:  BRASILEIRO DE MOTOCROSS: Terceira etapa cancelada

As sanções por violações da Política Anti-Dopagem MXS que não envolvam substâncias não especificadas e especificadas ou por violações múltiplas podem exceder dois anos. O MXS determinará, à sua discrição, a data efetiva da suspensão. Esta é outra evolução significativa, uma vez que mostra alguma liberdade com as agências antidopagem, mas não há qualquer indicação de que os campeonatos adotem uma política de sanções tão branda como as utilizadas na NFL/NBA/MLB.

Ainda na questão da anti-doping, os pilotos escolhidos para serem submetidos aos testes devem também incluir aqueles que terminem ou que estejam atualmente classificados nas três primeiras posições em cada uma das classes. Além disso, vários pilotos por classe serão selecionados aleatoriamente entre os 20 primeiros classificados, tendo todos os eles igual possibilidade de ser submetidos a testes.

Além disto, os pilotos e representantes credenciados devem aderir ao código, que inclui a obrigação de tratar os outros com respeito, independentemente da sua raça, cor, crenças, nacionalidade, sexo, orientação sexual, estado civil, religião, idade ou qualquer outra condição que possa ser vista como uma desvantagem perante outra pessoa. O código proíbe ainda condutas ofensiva e inadequadas que podem resultar na imposição de sanções.

De acordo com as regras, os pilotos podem ser solicitados a comparecer em eventos pré-estabelecidos com fãs e meios de comunicação social, que incluem sessões de autógrafos, entrevistas televisivas, fóruns de fãs, conversas técnicas e afins. A não participação ou a recusa de participação conforme acordado mutuamente, uma vez programada e notificada pessoalmente ou através do horário do evento, pode também resultar na imposição de sanções. Chegar atrasado, faltar à atividade ou sair mais cedo sem autorização também passará a constituir uma infração a este regulamento.

LEIA MAIS:  Carlos Eduardo Franco irá defender títulos para a Pro Tork no Paraguai em 2020

Apesar de esta lista de novas regras não ser exaustiva, existe mais uma que tem sido discutida com alguma frequência. Não há qualquer menção a uma marca com direitos exclusivos sobre o campeonato, como a GoPro ou a Garmin, e os pilotos estão autorizados a utilizar um dispositivo de gravação de vídeo a bordo ou no capacete. As filmagens em pista ou de corrida para fins internos, de mecânica ou desenvolvimento do piloto são ilimitadas, enquanto a utilização de filmagens em pista ou de corrida para visualização ou distribuição pública está limitada às plataformas de comunicação social do piloto e apenas às equipas Premier/Feature Teams registadas. As filmagens publicadas nas redes sociais do piloto são limitadas a clips com não mais de 60 segundos de duração cada, não excedendo os dois minutos no total, por evento. Todos os clipes publicados devem ser etiquetados com as redes sociais do campeonato. Além disso, as câmaras e capacetes devem ser aprovados pela MX Sports antes da sua utilização, durante a inspecção técnica prévia ao evento.


FONTE: MOTOSPORT