O preço da Covid-19 está a pagar-se muito caro, não só em vidas mas também ao nível das grandes multinacionais e dos empregos. No caso concreto da Harley-Davidson, um total de 700 posto de trabalho vão ser eliminados, dos quais 500 antes do final deste ano, anunciou a Harley-Davidson em julho, através de Jochen Zeitz, o novo CEO da marca. Um número que está longe de ser insignificante, pois representa pouco mais de 10% da força de trabalho global da marca norte-americana.
De acordo com Zeitz, essa decisão faz parte (mas não foi divulgada) do acordo com a estratégia que vem sendo implementando nos últimos dois meses: o famoso plano “Rewire”, uma espécie de plano Marschal que visa reorientar a Harley nos seus fundamentos (virada de novo para as grandes customs e o mercado norte-americano, no qual a HD viu os seus negócios declinarem nos últimos anos.
A preocupação de Zeitz é que essa nova estratégia, desenvolvida ao contrário da anterior (a famosa “Mais estradas para a Harley” que, por si só, abriu a marca para uma infinidade de novos segmentos), deve contar com a inércia desta última.
Os programas para veículos elétricos, trails e pequenas cilindradas fabricados na China, a serem lançados sairiam muito dispendiosos. Para limitar os custos dessa estratégia de “reconexão”, uma das soluções escolhidas é, obviamente, aliviar não as motos (o que não seria completamente inútil), mas as folhas de pagamento. Com essa nova estratégia, a Harley espera economizar 42 milhões de dólares. A marca, que vem perdendo força há vários anos, registrou um lucro de 423,6 milhões em 2019.
FONTE: MOTOSPORT