Yamaha XT 500, a mãe das bigtrail




A Yamaha XT 500 chegou ao mercado com um novo conceito de moto trail, inovando com seu grande monocilíndrico 4 tempos.

Yamaha XT 500 chegou ao mercado com um novo conceito de motocicleta trail, inovando com seu grande monocilíndrico 4 tempos. Ela também foi responsável por introduzir muitos pilotos no esporte.

A marca japonesa iniciou a produção de motores quatro tempos de enduro em 1976, sendo que o primeiro protótipo começou a rodar no Japão em 1973. No entanto, a moto só foi apresentada ao público em setembro de 1975 nos Estados Unidos, e suas vendas se iniciaram na Europa apenas no verão de 1976. A primeira motocicleta a ser produzida foi batizada de XT 500C, moto que transformou o mercado e criou uma nova tendência a partir de então.

Quando a XT foi lançada, ainda não possuía concorrentes, pois era a única moto ‘todo terreno’ com um propulsor quatro tempos e confiabilidade jamais vista antes frente aos usuais motores dois tempos. Em 1976 ela já cruzava os desertos africanos na segunda edição do Rally Paris-Adbjan-Nice, vencendo a prova.

Foi com esta moto que Thierry Sabine ‘inventou’ o Rally Paris-Dakar, quando participava do Abdjan-Nice, em 1977, e se perdeu no deserto da Líbia, sendo resgatado cinco dias depois. Desta experiência no deserto, surgia em sua mente a ideia de criar o maior rali do planeta.

Em 1979, na primeira edição do Rally Paris-Dakar, a XT 500 foi a vencedora nas mãos do então desconhecido Cyril Neveu, na época com 21 anos de idade. Nesta mesma edição da prova, o próprio presidente da Yamaha Motor francesa também participou do Rally. Nasciam então duas lendas: O Rally Paris-Dakar e a saga das XTs. Foi um modelo que contribuiu muito para a imagem da Yamaha, devido à sua resistência mecânica. Somente na França, no período de 1976 a 1990, foram vendidas cerca de 62 mil unidades da XT 500.

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Seu desenho era limpo, parecia inclusive uma moto de menor cilindrada, inspirada na DT1. Sua mecânica robusta era fruto de um monocilíndrico arrefecido a ar com 499 cm³ de cilindrada. Comando OHC com duas válvulas e com a relação diâmetro x curso do pistão ‘quadrada’ (87 mm x 84 mm). Alimentado por um carburador Mikuni com 32 mm de venturi, rendia 27 cv de potência máxima a 6.000 rpm, com pico de torque de 3,4 kgf.m a 4.500 rpm. Um ‘trator de duas rodas’ para a sua época!

Seu sistema de partida era a pedal, o chassi era do tipo diamante (diamond frame), com o motor fazendo parte da estrutura, recurso que reduz seu peso. A suspensão dianteira era telescópica convencional, enquanto na traseira dois amortecedores — o conhecido sistema cantilever, batizado de Monocross, surgiria apenas em 1982, na XT 550.

Seu peso a seco era de 155 kg e a capacidade de seu tanque era de apenas 9 litros. Denifitivamente, a XT foi a mãe das bigtrails, da qual nasceu uma categoria de motos polivalentes, com muitos seguidores, que foi copiada por outros fabricantes. Se hoje a sigla XT é tão respeitada e admirada, tudo começou nesta XT 500.


FONTE: MOTO.COM.BR