Depois de 42 anos de ausência, a mística MV Agusta estará retornando no próximo ano ao Mundial de MotoGP, mais concretamente na Moto2.
Aí o construtor italiano será mais um dos fabricantes de chassis em competição estando ligado à Forward Racing, equipe que este ano coloca na pista duas Suter.
Ontem a marca de Varese apresentou a moto, que mistura o preto com o vermelho em termos de decoração, e que foi totalmente desenvolvida no seu laboratório, Castiglioni Research Centre, num projeto liderado por Brian Gillen. Daqui para a frente irão seguir-se os testes em pistas já com o motor Triumph, que no próximo ano chega à categoria intermediaria do Mundial em substituição aos motores da Honda.
Fique com um pequeno vídeo de apresentação de uma moto que quer deixar a sua marca no competitivo campeonato.
A MV Agusta, habituada aos seus motores tricilíndricos, vai ter um motor Triumph de 765 cc, num quadro de treliça, controlado por uma unidade da Magneti Marelli REX 140 ECU e uma embreagem deslizante FCC. Será interessante ver se a MV consegue bater o sucesso do quadro perimetral de treliça da KTM e o domínio da Kalex . A MV da Moto 2 conta ainda um sistema de escape SC Project 3-1 , as rodas OZ com pneus da Dunlop, enquanto a MV escolheu a Öhlins como parceiros a nível das suspensões. A distância entre eixos é de 1.382 milímetros e pesará apenas 217 kg com um piloto a bordo.
Brian Gillen – líder de projeto da MV – afirmou no lançamento do modelo “Tourismo Veloce” que a empresa já conseguiu mais de 1,5 milhão de euros no desenvolvimento da moto sem ainda ter rodado na pista.
“Já há alguns anos que estamos pensando no regresso ao Campeonato do Mundo de Motociclismo e com a modificação dos regulamentos da categoria da Moto2 para 2019 é a oportunidade perfeita para mostrar o nosso know-how técnico que temos vindo a desenvolver durante os últimos seis anos, anos em que corremos na Superbike e Supersport. O projeto da Moto2 é ambicioso e estamos a envolver os nossos recursos de I & D e toda a nossa experiência em corridas para desenvolver uma moto completamente nova, que difere de todas as outras e que reflete os valores da MV Agusta. ”
Mal podemos esperar para assistir às corridas da Moto 2 do próximo ano com 36 motos com motores tricilíndricos da Triumph a disputarem a liderança nos melhores circuitos do mundo…
FONTE: MOTOSPORT