A prova de enduro mais antiga e tradicional do calendário da FIM vai ter participação de time brasileiro, longe da disputa desde 2003.
Já ouviu falar no International Six Days Enduro? Basicamente, é a prova de enduro mais antiga e tradicional do calendário da FIM. Muitos consideram como a Copa do Mundo do enduro, pois dela participam mais de 600 pilotos de mais de 30 países.
O evento anual, inicialmente batizado de International Six Days Trial, teve sua primeira edição em 1913 em Carlisle, na Inglaterra e, desde lá, só foi interrompido durante os períodos da Primeira e Segunda Guerra Mundial. Em 1981, a FIM decidiu chamar o evento de International Six Days Enduro (ISDE), nome sugerido pelos norte-americanos devido à popularidade do enduro entre os fabricantes de moto da época.
As disputas eram realizadas em solo europeu até que em 1973 o Six Days cruzou o oceano pela primeira vez e desembarcou nos Estados Unidos. Desde então, as provas começaram a acontecer fora da Europa com mais frequência: na Austrália, Nova Zelância, Chile, México, Argentina e Brasil.
Sim! O país sediou uma etapa em 2003, em Fortaleza.
O Six Days é praticamente um rali entre equipes, que são formadas pelos melhores pilotos de cada país. Durante os seis dias, os pilotos devem cumprir o percurso de mais ou menos 2 mil quilômetros, que inclui até um trecho de uns 260 km de terra, respeitando todas as regras e dentro do tempo permitido. Eles devem ficar atentos às restrições de substituição de peças e cabe a eles fazerem os reparos necessários.
A ediçao do Six Days 2017 vai rolar entre os dias 28 de agosto e 2 de setembro, em Brive (Correze) na França, e o Brasil será representado por um time de peso. A última vez em que pilotos brasileiros participaram do evento foi em 2003, na ocasião da etapa em Fortaleza.
Fico muito feliz em saber que teremos um time brasileiro no evento e mais feliz ainda de ser parte deste time, representando as cores do Brasil lá fora. A gente já vinha trabalhando neste plano há um tempo, mas acabei me machucando no ano passado e não deu certo. Neste ano, também tive lesões na Romênia, mas estou liberado, estamos bem, e vamos com tudo junto com a KTM, eu, o Rômulo Bottrel, Gustavo Pelin e o Diego Colett.
Crivilin explica que existem muitas diferenças entre uma prova de Hard Enduro e o Six Days, principalmente no quesito velocidade. No Romaniacs, eles andam mais “devagar”, de forma mais leve, mas sempre passando por locais supercomplicados, o que exige muita técnica, força e concentração. O Six Days é mais rápido, no limite, com suspensões mais duras, mas o caminho é “mais fácil”.
Bruno conquistou uma vitória de forma heróica no Red Bull Romaniacs deste ano, quando se machucou feio e ficou até alguns dias na UTI.
Já recuperado e liberado pelos médicos, o objetivo agora é fazer bonito também no Six Days. E de preferência sem sustos!
Neste ano, o Six Days é na França. Nunca andei por lá. Sou amigo de um piloto francês que andou no Brasil algumas vezes, o Adrien Metge, que me ajuda com umas dicas. Mas não sei como é o terreno por lá. Pesquisando, descobri que é um terreno de muita grama, mais solto.
FONTE: RED BULL