Tony Cairoli explica como ajudou a criar o capacete Airoh Aviator 2.3




O piloto italiano da KTM mostra alguns detalhes que permitiram a criação do capacete de “off road” Airoh Aviator 2.3 que usa para competição. O multicampeão de Motocross foi ifundamental no desenvolvimento deste capacete “premium”, e Tony Cairoli fala agora sobre como ajudou a Airoh neste processo.

Os fabricantes de capacetes têm por hábito recorrer às opiniões dos melhores pilotos do mundo, e no caso da italiana Airoh, isso não é diferente. A marca com sede perto de Bergamo especializou-se na fabricação de capacetes “off road”, em particular para o motocross.

E por isso nada mais indicado do que associar-se desde o primeiro momento aquele que é reconhecidamente um dos melhores do mundo: Tony Cairoli.

Multicampeão mundial de Motocross, tanto na MX2 como também na MX1 / MXGP, Cairoli tem usado os capacetes Airoh, desde a sua segunda temporada no Mundial de Motocross em 2004.

A pequena empresa fundada em 1997 por Antonio Locatelli percebeu rapidamente o potencial de Tony Cairoli. O piloto italiano juntou-se à marca, e desde então tornou-se seu maior embaixador.

A ligação do piloto nascido em 1985 na Sicília com a Airoh tornou-se então uma relação que Cairoli descreve como:

“Temos uma grande relação familiar com a empresa. O dono, o Antonio, está sempre lá, sempre ligado. Ele controla as coisas, e eu falo com ele sobre os meus designs e capacetes. Gosto daquele ambiente. Eles trabalham muito, e investem muito, particularmente em segurança”.

Um capacete para um campeão como Tony Cairoli tem de ser especial. E é por isso que o piloto italiano utiliza o modelo “premium” Airoh Aviator 2.3.

Este capacete top de linha para o “off road” é a jóia e orgulho da Airoh. A marca italiana desenvolveu técnicas de fabricação especiais, e recorreu aos materiais mais exóticos para construir o Aviator 2.3.

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O objetivo foi conseguir um capacete extremamente leve, confortável, usando métodos de fabricação como moldagem por injeção e a vapor, e fibras compósitas e fibra de carbono 3K, com as camadas a serem aplicadas à mão.

Apesar da construção em carbono e kevlar ser o grande destaque, a Airoh não negligenciou os detalhes. Por exemplo, o forro interior é costurado à mão, enquanto os diferentes decalques, além de aplicados à mão, apresentam também um acabamento que é resistente aos raios solares UV. Assim, o Airoh Aviator 2.3 mantém as suas cores por mais tempo, mesmo quando exposto à luz solar.

Mas se alguns componentes são fabricados e aplicados à mão, a verdade é que a Airoh consegue combinar esse trabalho mais tradicional com as novas tecnologias.

Por exemplo, a calota interna AMS2, que combina duas esferas de poliestireno, consegue efetivamente proteger a cabeça “desviando” as forças resultantes do impacto, usando tiras de silicone que permitem à calota interna AMS2 deslizar e assim dispersar o impacto.

Sem esquecer ainda que a Airoh conta com um túnel de vento nas suas instalações. Isso permite à marca modificar rapidamente o capacete, na procura das melhores soluções aerodinâmicas, e reduzindo o ruído.

Tony Cairoli reconhece a evolução conseguida pela Airoh na fabricação do Aviator:

“Desde 2009-2010 eles deram um grande passo em comparação com outros fabricantes. Primeiro em relação ao peso, mas depois também em relação ao conforto e ergonomia. Penso que a Airoh fez um capacete muito bom e que vai durar muitos anos”.

Ao longo dos anos Cairoli foi dando à Airoh o seu “feedback”. Inicialmente a marca necessitou de trabalhar mais aprofundadamente no conceito do Aviator, mas o piloto garante que o estado de evolução é tão avançado que agora apenas os ajuda em questões de detalhes:

“Muito do que eu lhes digo é sobre a forma como o capacete encaixa, conforto, alguma ventilação e aerodinâmica. Em algumas pistas atingimos velocidades elevadas, e é possível reparar nas diferenças. Quando nos focamos nos testes de capacetes, é aí que realmente percebemos a importância das peças mais pequenas”.

A ventilação do interior do capacete é particularmente essencial num capacete “off road”. Por isso o Aviator 2.3, garante Tony Cairoli, tem em conta esse aspeto. Mas também o facto de poder ser usado em combinação com todos os óculos de MX disponíveis no mercado.

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Mas será que o capacete que o piloto da Red Bull KTM utiliza no Mundial MXGP é exatamente o mesmo que podemos comprar nas lojas?

Tony Cairoli garante que o Aviator 2.3 que utiliza nas pistas é praticamente igual ao que qualquer motociclista pode comprar.

“É muito semelhante”, começa por dizer. “Mas a forma como encaixa na cabeça é muito importante, por isso eu tenho interiores diferentes. Depende, mas por vezes tenho usado o interior de série, mas nos outros anos precisei de um interior específico que se adapta a mim. O Aviator muda um pouco todos os anos, as grandes modificações acontecem muito raramente. Eu estarei a utilizar coisas novas um ano antes delas chegarem à produção”.

Além de Tony Cairoli, outros pilotos de Motocross optam por usar o Airoh Aviator 2.3. Por exemplo o companheiro de equipe Jeffrey Herlings, ou ainda Jorge Prado, piloto espanhol bicampeão MX2.

Mas o “know-how” do multicampeão Tony Cairoli garante-lhe uma posição especial dentro da Airoh. É por isso que a marca produz uma réplica dos gráficos do seu capacete para o modelo Aviator 2.3. Mais nenhum piloto tem essa honra.


FONTE: ANDAR DE MOTO