Sete Gibernau pode pegar dois anos e meio de prisão




As autoridades espanholas pedem dois anos e meio de prisão para Sete Gibernau por crimes de fraude fiscal cometidos em 2006, ano em que o ex-piloto se despediu do motociclismo profissional.

De acordo com o Mundo Deportivo, está em causa uma alegada fraude de 774 mil euros nas declarações de rendimentos e patrimônios que terá lesado a Agência Tributária da Espanha. A pena de prisão é pedida pela Advocacia do Estado, enquanto o Ministério Público pede a absolvição de Gibernau considerado réu por um tribunal em Barcelona.

Para a Advocacia do Estado, em 2006 Gibernau fingiu continuar a viver no seu domicílio fiscal entre 2000 e 2006 (Chatel-Saint Denis, Suíça), com intuito de evadir-se aos impostos. Nesse ano terá residido habitualmente perto de Barcelona com a sua companheira – algo negado por Gibernau, que garantiu que só foi viver junto da companheira em 2007.

Além disso, afirmou que manteve uma relação com o autarca de Saint Denis: ‘Tinha, por exemplo, uma relação pessoal com o presidente de Saint Denis e tinha ido ver-me algumas vezes aos circuitos, apadrinhava corridas lá e tenho até uma felicitação oficial da Câmara por ter ganho um Grande Prémio’.

O ex-piloto acrescentou: ‘O meu primo, que geria o meu património, e o meu empresário, que era quem negociava os meus contratos, viviam em Genebra. Eram as duas pessoas em quem tinha mais confiança quando se tratava de gerir o meu dinheiro e fui para lá viver porque tê-los perto de mim dava-me tranquilidade’.

Sobre as viagens constantes entre Barcelona e os locais das provas, Gibernau alegou que ia buscar a sua companheira para viajarem juntos ou aproveitava os ‘muitos charters’ fretados pela Dorna para os pilotos com partida da cidade. O espanhol confirmou ainda que a morada de Chatel-Saint Denis surgia ‘como domicílio fiscal em todos os contratos’ e que ‘todos os pagamentos e cobranças’ eram efetuados a partir das contas que mantinha abertas na Suíça.

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O caso contra Gibernau é agora reaberto depois de ter sido arquivado na fase de instrução, uma vez que a absolvição foi revogada pelo Tribunal de Barcelona, pelo que as audiências iniciaram nesta terça-feira na Cidade da Justiça.


FONTE: MS