Sertões chega ao fim da primeira metade com domínio Can-Am




Além de ser a escolha da maioria das equipes na categoria, marca ainda conta com nove Maverick X3 entre os 10 primeiros colocados

Esta sexta-feira, 2 de setembro, marca o encerramento da primeira parte e também o trecho em maratona do Rally dos Sertões, edição do bicentenário da Independência e, agora, o maior do mundo. O dia marcou também a especial mais curta, de 143 quilômetros, desta primeira metade do desafio, embora com deslocamento de 438 quilômetro de São Felix do Araguaia (MT) a Palmas, capital do Tocantins. Amanhã, descanso mais do que merecido.

Já bastante cansados nesse momento em que, em outros Sertões, a competição já estaria chegando ao fim, o Sertões “Sul” como está sendo chamado também entregou cenários e paisagens de tirar o fôlego, com destaque para a Ilha do Bananal, a maior genuinamente fluvial do mundo, com cerca de 20 mil quilômetros e cercada pelos rios Araguaia e Javaés.

Até aqui uma variação incrível de posições no ranking de UTVs com domínio Can-Am, e com os membros da Família Poeira se revezando bastante entre si nesse grupo de ponta, até aqui. Mas a melhor quem está levando até o momento é Rodrigo Varela e seu navegador Matheus Mazzei, com a primeira posição no acumulado geral. Bruno Varela e Gustavo Bortolanza e Gabriel Varela e Daniel Spolidorio também figuram entre os 10 melhores no geral, em sexto e oitavo lugares, na ordem. O patriarca Reinaldo está em terceiro na sua categoria, a UOP, para os mais experientes pilotos do país.

Perrengues também fazem parte, e as duplas mais afetadas com os imprevistos de prova até agora foram a de Nelsinho Piquet/Filipe Bianchini e do campeão de 2019 Deni Nascimento e Gunnar Dums. Ambas as equipes terminaram a sétima etapa com um incentivo extra de uma boa colocação, respectivamente entre os 15 melhores do dia, incluindo categorias superiores e terceiro, mostrando a tal resiliência que tanto têm sido colocada à prova nesta competição.

Deninho Casarini e seu parceiro Ivo Mayer hoje não entraram para o Top 10, mas vêm marcando bom desempenho, tanto que na classificação do acumulado geral estão em terceiro. Helena Deyama e Cris Starling também seguem comemorando os feitos e chegaram a assumir a dianteira da classe UTV3 no meio desta semana.

Da metade em diante

Pós-descanso, domingo 4 de setembro, o desafio será retomado, saindo de Palmas (TO) e seguindo para Mateiros (TO), num total de 559 quilômetros. Será a oitava etapa e até a décima-quarta, quando se encerra a competição, mais de 7 mil quilômetros, com quase 5 mil de especiais, terão sido vencidos por pilotos e navegadores. Nessas demais etapas, o rali passará pelos estados de Tocantins, Piauí, Maranhão até chegar ao Pará, em Salinópolis, última cidade da saga.

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Nesse contexto, outras tantas e variadas paisagens, belezas naturais, poeira, obstáculos, novos desafios em meio ao cansaço, mas certamente muita adrenalina. Ainda falta metade para o fim deste Sertões 2022, mas pilotos e navegadores Can-Am estão a postos e com objetivos muito claros, o pódio.

Chegamos na metade do rali, mais de 3.500 quilômetros rodados. Tivemos alguns imprevistos mecânicos com o carro e alguns erros de navegação que nos deixaram para trás nesta primeira semana do Sertões, mas vamos fazer uma bela revisão no carro agora e seguir para a segunda parte. Passamos por muitos lugares de plantação, com condução bem intensa, muitas lombas e longas retas, além de erosões bem perigosas. Não foram especiais tão difíceis em nível de trial, só que deu para mostrar um pouco do que o Sertões vai ser daqui para frente. Fizemos a maior especial da história, foi bem cansativa, chegamos a ficar 11 horas dentro do carro, mas deu tudo certo para todos e estamos com a família liderando o rali na geral e dois carros no Top 10 e isso é bom demais. – Bruno Varela

A primeira semana não foi o rali que eu planejei. Nossos objetivos iniciais sofreram algumas alterações, acabamos mudando a configuração do Maverick X3 e tivemos uma pane no meio da prova, no terceiro dia por conta de áreas especiais muito rápidas em regiões agrícolas. Bem, chegamos em São Félix do Araguaia, do lado da Ilha do Bananal, e é muito legal ver essa parte primitiva. Muitos índios e muitas aldeias indígenas. Hoje, vimos uma apresentação deles e isso é uma parte que só se conhece vindo fazer o Sertões. Nosso UTV permite chegar nessas regiões, onde poucas pessoas conseguem. No balanço geral desta primeira semana, tivemos problemas todos os dias, não conseguimos passar nenhuma especial ilesos, mas a gente não se entrega e vamos em busca de conquistar algo maior até o final. E tem também as primeiras quatro etapas do campeonato brasileiro para correr atrás, nessa segunda metade. E acho que a dureza dessa edição do rali ainda está por vir, com mais quebradeira daqui para frente. Até agora foram trechos rápidos, com mais velocidade, mas o cansaço veio pela distância, o que acabou exigindo muito de todos. Lógico que o Maverick X3 se comporta muito bem, mas temos que poupar um pouco porque são muitas retas. Só hoje foram 500 km em linha reta na mesma velocidade o tempo todo, então o equipamento tem que ser muito bom para aguentar. – Deni Nascimento

Chegamos na metade do rali. Sobre a primeira semana, até o terceiro ou quarto dia, nosso objetivo e estratégia de fazer uma prova conservadora, cada dia conquistando posições e não cometer erros para conservar o Maverick X3 estava funcionando muito bem. Mas como no rali tudo pode acontecer, mesmo com a estratégia cuidadosa e conservadora que adotamos, ontem tivemos um pneu furado e perdemos um certo tempo. E depois deu problema no cinto de segurança, que não consegui engatar porque entrou muita areia. Na sexta etapa tivemos uma especial muito rápida e com muitas retas. Embora eu estivesse cuidando muito, nunca tinha acontecido comigo antes de quebrar uma correia, mas quebrou e com isso perdemos minutos preciosos. Estávamos em primeiro lugar na categoria na quarta etapa, mas com os problemas acabamos perdendo algumas posições. Mas como sempre digo, uma característica minha é a resiliência e uma característica do rali é não desistir nunca, tudo pode acontecer. Ainda não tivemos problemas mais sérios porque na estratégia conservadora que estou adotando, não estou forçando o UTV e nem correndo riscos de acidentes, então, pensando bem, está tudo mais ou menos como planejamos. – Helena Deyama

Está sendo um grande desafio essa edição do Sertões, o maior rali do mundo. Começamos liderando na classe UTV3 e vencendo as especiais, depois tivemos alguns contratempos, perdemos algumas posições, mas já estamos nos recuperando. Estou muito contente com o desempenho do meu Can-Am Maverick X3, bem como toda equipe R.Mattheis e meu navegador Filipe Bianchini. Ainda temos um longo caminho pela frente, mas estou confiante de um ótimo resultado. Lembrando que hoje começa minha saga para disputar a etapa da Stock Car em São Paulo. Será uma correria, mas estou superanimado. Logo estou de volta para a parte Norte do Sertões. Vamos em Frente. – Nelsinho Piquet

Terminamos a primeira semana do rali. O UTV segue muito bem. Tivemos alguns problemas em função de especiais muito longas, que exigem muito dos carros e de nós. Mas isso é rali. Ainda bem que teremos esse descanso para reestruturar, dar uma geral no carro e começar tudo de novo para as próximas sete etapas de Sertões. Tivemos alguns perrengues, mas estamos muito bem como equipe e seguimos firmes na disputa pelo primeiro lugar e, claro, outras importantes posições para a Família Poeira. – Reinaldo Varela

Primeira perna foi excelente. O Can-Am Maverick X3 se comportou de maneira espetacular aqui região Sul. Nosso UTV chegou até o sétimo dia sendo líder do rali, comigo e Matheus fazendo uma corrida muito boa. Agora é preparar para região Norte. Amanhã vamos ter um dia de descanso, de manutenção e revisão completa no UTV, após essa maratona bem complicada. Adiante, serão mais sete dias de Sertão e vamos fazer de tudo para continuar com nosso UTV em primeiro na geral. Falando um pouco das especiais, foram muito difíceis, a mais longa do rali e, além disso, foi muito técnica, muito buraco e salto, uma prova completa. Terminamos e nosso UTV mostrou que está na briga pela liderança. Rodrigo Varela

Resultados extraoficiais UTV – Geral

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1.    R. Varela/M. Mazzei – Can-Am – 27h50min50s

2.    C. Batista/ R. Nicoletti – Can-Am – a 06min40s

3.    D. Casarini/I. Mayer – Can-Am – a 09min48s

4.    R. Luppi/M. Justo – Can-Am – a 18min13s

5.    F. Pirondi/M. Ritter – Can-Am – a 21min50s

6.    B. Varela /G. Bortolanza – Can-Am – a 23min29s

7.     G. Cestari/J. Ardigo – Polaris – a 25min22s

8.    G. Varela/D. Spolidorio – Can-Am – a 32min40s

9.    E. Piano/S. Mendes – Can-Am – a 34min10s

10. A. Hort/I. Bosse – Can-Am – a 34min50s

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FONTE: AGÊNCIA CARBONO – FOTO: DONI CASTILHO