Rally Minas Brasil: técnica, competitividade e organização de primeiro nível




Entre pedras, erosões, trial, lombadas e muitas curvas, Rally Minas Brasil tem o primeiro dia marcado por qualidade técnica dos competidores e da prova. Outro destaque ficou por conta do grid: 107 veículos entre motos, quadriciculos, UTVs e carros

Pilotos e navegadores do rali nacional voltaram a acelerar suas máquinas. Neste sábado (16), foi dada a largada para o 2º Rally Minas Brasil, com um grid formado por 107 veículos, entre motos, quadriciclos, UTVs e carros. O evento acontece na cidade de Patos de Minas (MG) e está com o parque de apoio montado no Centro de Convenções e Eventos UNIPAM (localizado na BR MGT-354 PMS020 – Alto Marabá).

Para iniciar as atividades, o prólogo de 4 km definiu a ordem de largada dos competidores para a primeira etapa. E pensa em um prólogo difícil e que deixou muitos participantes “de olhos bem abertos”!

“Bastante técnico, com diversas curvas e erosões. Havia muitas pedras pelo caminho e curvas 90 graus. Posso dizer que a primeira parte do trajeto foi mais travada e, posteriormente, com trechos mais abertos que deu para acelerar mais. Apesar do roteiro ter sido curto, foi possível sentir o que nos esperava pelos 150 km/h de prova”, disse o piloto Julio Oliveira, de Morada Nova.

Sendo assim, os melhores tempos contabilizados nesta fase do Rally Minas Brasil foram do piloto Alexandre Farias (Motos – com 02min48seg), Richard Amaral (Quadriciclos – com 3min03seg), Cristiano Batista (UTV – com 02min25seg) e Luiz Facco e Idali Bosse (Carros – com 02min45seg).

Um rali de respeito

Definida a ordem de largada para as categorias Motos, Quadriciclos, UTVs e Carros, não demorou muito tempo para pilotos e navegadores seguirem para o trecho cronometrado de 150 quilômetros, que somou pontos para a primeira etapa dos campeonatos Brasileiro de Rally Cross Country, Brasileiro de Rally Baja e Mineiro de Rally.

LEIA MAIS:  Brasileiro de Rally: Equipe Honda Racing Brasil busca últimos títulos da temporada 2022

Às 9h30, a primeira moto recebeu o sinal verde para acelerar e, entre trilhas abertas e fechadas, terrenos lisos e batidos, os competidores aceleraram por caminhos que mesclaram muitas pedras, erosões, trial, lombadas, travessia de rio, areia, trechos de serras e, para dar ainda mais emoção, curvas nas quais os pilotos puderam abusar das técnicas de pêndulo. O roteiro seguiu para a cidade de Presidente Olegário e passou pelas regiões de Tiririca, do Facão, da Bananeira, do Pé do Morro, do Cruzeiro da Prata, de Boa Vista, do Piçarrão, de Vargem Grande e da Lobeira.

Contabilizando os primeiros pontos

Nas motos, o melhor competidor foi Rafael Espindola que, pela primeira vez, acelerou uma Kawasaki KLX 450 R e fez a marca de 2h15min.

“Prova nota 10 e de nível técnico bem alto. Ainda estou me acostumando com a moto e, por isso, cometi alguns erros bobos, mas nada que comprometesse o meu resultado. Amanhã, vou corrigir alguns detalhes para melhorar a minha performance e confirmar a vitória no Rally Minas Brasil”, disse Espindola.

Em segundo lugar ficou o piloto Thiago Carnio, com 02h17min46seg, seguido por Rubens Neiton com o tempo de 02h18min19s.

A categoria Quadriciclos está sendo representada por apenas dois pilotos, sendo Geison Belmont, que fez o melhor tempo da etapa (02h32min19s) e Richard Amaral, que teve problemas mecânicos e não completou a especial.

“O trecho estava bem técnico e foi sensacional. No início, eu estava ansioso com o percurso e com o quadriciclo, mas acelerei bem e deu tudo certo”, contou Belmont, que está com um Can-Am Renegade 1000cc.

A categoria UTV é a que mais cresce no universo off-road e, portanto, também a mais competitiva. Inclusive, o Rally Minas Brasil marcou o retorno do piloto José Hélio Rodrigues (que comemorou neste sábado 40 anos de idade). Depois de quatro anos, ele volta a representar uma marca e torna-se piloto oficial da Polaris do Brasil, no comando de um RZR XP Turbo S. Mas, devido a um pequeno percalço, não conseguiu se classificar entre os primeiros colocados.

LEIA MAIS:  Piocerá foi válido pelo Brasileiro de Enduro para UTV's e Quadriciclos

Mais uma vez, a disputa entre os UTVs foi pra lá de acirrada e, apenas 21 segundos separaram Bruno Varela (02h08min05seg) de Maurício Pena Rocha (02h08min27seg).

“Uma prova muito boa, diferente do que estamos acostumados no Rally Baja. Foi rápida, com trial e extremamente técnica. Não podia errar em nada! Agora, é revisar o carro e tentar repetir o feito na etapa deste domingo”, comentou Varela que pilota um Can-Am Maverick X3. Em terceiro lugar, ficou Ricardo Galli.

Nos carros, a dupla vencedora do Rally Minas Brasil de 2018 falou que vinha para conquistar mais uma vitória e, até o momento, está cumprindo. Com o tempo de 02h06min27seg, Marcos Baumgart e Kléber Cincea – da X Rally Team – fizeram o primeiro lugar do dia, com uma vantagem de 01min06seg para Luiz Facco e Idali Bosse (02h07min34seg). Na terceira posição, vieram Mauro Guedes e Filipe Bianchini (02h11min16seg).

“Foram 150 quilômetros de respeito. Prova excelente, com obstáculos do verdadeiro rali cross-country. Os saltos jogavam para cima, frente e lado, teve barro… Super completa! Parabéns à organização, começamos o Campeonato Brasileiro com o pé direito”, disse Cincea.

A equipe também é atual campeã do Campeonato Brasileiro de Rally Cross Country.

O 2º Rally Minas Brasil tem sequência neste domingo, com a largada da primeira moto às 8h. Serão mais 150 quilômetros, percorrendo a mesma especial deste sábado.

Programação – 2º Rally Minas Brasil

17/03 – Domingo

8h – Largada 1° moto na Especial

10h30 – Largada 1° carro na Especial

15h30 – Início cerimônia de premiação

O 2º Rally Minas Brasil é uma realização da Rallymakers, com apoio da Prefeitura Municipal de Patos de Minas e Prefeitura Municipal de Presidente Olegário

LEIA MAIS:  Maiara Basso vence MXF e segue líder da categoria

Supervisão: CBM, CBA, FMEMG, FMA e RCMG


FONTE: LIBERDADE DE IDÉIAS – FOTO: DONI CASTILHO