Pablo Quintanilla é, sem dúvida, um forte candidato à vitória no Dakar 2020. Pouco antes de partir para a Arábia Saudita, o piloto treinou no Marrocos para se preparar da melhor forma possível para o rally mais difícil do mundo.
“Sinto-me muito bem, feliz e muito motivado depois das duas últimas corridas que fiz. Vencer o Rally do Atacama foi super importante para mim. Depois, ainda consegui terminar em segundo no Marrocos”, relembrou Quintanilla.
O piloto da Husqvarna lembra que são muitos os pilotos com capacidades para chegar à vitória e que, por isso mesmo, esta será uma edição muito competitiva.
“Ano após ano os tempos vão ficando cada vez mais próximoss, as motos e os pilotos vão evoluindo e impondo um ritmo cada vez mais elevado. Penso que a chave para a corrida será cometer menos erros e aproveitar as oportunidades que surgem para ganhar tempo”.
Apesar de ter alcançado bons resultados este ano, o chileno diz que ainda sente muitas dores no pé, especialmente quando está muito tempo em cima da moto.
“Estou tentando treinar da melhor maneira possível com muita fisioterapia e preparação física na academia. Quanto à lesão, ainda não estou totalmente recuperado. Tenho alguns meses pela frente, até porque, provavelmente, preciso de fazer mais uma ou duas cirurgias, mas estou muito feliz e muito motivado com o Dakar”.
Com as novas regras da competição, Pablo Quintanilla explica que, desta vez, a estratégia terá de ser um pouco diferente.
“Este ano será mais difícil ter uma estratégia porque teremos o road book na mesma manhã, em 4 ou 6 etapas, e isso muda bastante a a forma como encaramos a corrida. Há dias em que não teremos nenhuma informação sobre como será a etapa e isso vai, com certeza, complicar as coisas”. O piloto acrescenta ainda que “vai ser fundamental, mais do que ser um piloto veloz, ser um piloto constante”, o que lhe permitirá estar entre os primeiros lugares durante as etapas, e aproveitar as oportunidades que possam surgir durante toda a prova.
Uma prova difícil, na qual os pilotos terão de enfrentar um território desconhecido, com novas regras e que será, sem dúvida, uma aventura inesquecível para todos eles. Uma das questões mais polêmicas deste Dakar 2020 tem sido a cultura da Arábia Saudita que começou a gerar alguns problemas, ainda antes do inicio da prova.
“É algo novo para todos. Pessoalmente, eu gosto de conhecer culturas diferentes, vai ser algo estranho porque há coisas às quais estamos habituados e que não poderemos fazer. As relações com as pessoas, a linguagem, especialmente com as mulheres que também é bastante difícil… Mas não nos podemos esquecer que estamos numa corrida e esse vai ser o meu foco. Apesar da minha lesão no pé, estou em muito boa forma, com um ritmo muito bom na moto e com muita velocidade, o que me deixa bastante satisfeito”.
FONTE: MOTOSPORT