O que pode mudar no mundial de motocross?




O surto de coronavírus obrigou a parada forçada no mundo do esporte, fazendo com que o objetivo agora seja conseguir um jeito de voltar a competir. Ao que parece, pode haver enormes mudanças no calendário e formato do Campeonato Mundial de Motocross.

Recentemente, foi divulgado o calendário com as mais recentes alterações. O regresso ficou então agendado para o mês de agosto, com o GP da Rússia, mas a Infront Moto Racing, promotora do campeonato, está considerando tomar mais algumas medidas para garantir as melhores condições possíveis.

Nos próximos dias, os organizadores têm como objetivo discutir as diferentes possibilidades e, aparentemente, já informaram as equipes.

A primeira hipótese em discussão é optar por um formato de corrida de um dia para cada classe. Isso significaria ter a MXGP e MX2 aos domingos, ficando o Campeonato Europeu EMX e o Campeonato Mundial Feminino WMX para os sábados. Esta opção está cogitada como um instrumento de redução de custos apenas para 2020, sendo que não se aplicaria à China, Indonésia e Argentina, que permanecem na lista.

“Como vamos ter corridas seguidas, queremos reduzir os custos e ajudar as equipes a enfrentar esta situação. Vamos concentrar as classes Europeias e o WMX no sábado e manter o domingo apenas para MX2 e MXGP. Esta mudança será válida apenas para a temporada 2020 e em 2021 voltará tudo ao normal”, afirmou o CEO da Infront Motor Racing, David Luongo.

Uma proposta mais radical seria, sem dúvida, permitir que fosse possível somar pontos para o Motocross das Nações. Os pilotos melhores classificados da MXGP e MX2 que não forem selecionados pelos seus países poderão competir na França como wild-cards. O fato de existir esta possibilidade, acaba por dar mais alguma credibilidade ao Motocross das Nações, que gerou polêmica por ter sido colocado no meio do calendário.

“Relativamente ao MXoN, temos algumas ideias para os wild cards mas ainda estamos num processo para estabelecer o sistema que vamos utilizar e vamos discutir todos esses aspectos com a FIM primeiro. Mas, posso assegurar que os melhores pilotos estarão presentes”, disse David Luongo.

Ainda relativamente ao formato a ser escolhido para o regresso à competição, a promotora do MXGP já expressou o seu desagrado sobre a possibilidade de retomar as corridas sem fãs, devido ao fato de os ingressos cobrados serem um elemento fundamental na receita de um GP. Além disso, as corridas seguidas no mesmo local também não agradaram à Infront Moto Racing. A expectativa é que o calendário de 2020 esteja totalmente decidido, no máximo, em junho, altura em que muitos outros esportes deverão ser retomados e campeonatos como o AMA Supercross terão sido concluídos.

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FONTE: MOTOSPORT