O que muda no setor de motos com Jair Bolsonaro?




Economia deve retomar sua força, trazendo mais investimentos e fazendo com que fábricas retornem ao Brasil.

Após o calor das eleições, podemos enfim falar sobre o que nos interessa com a definição do novo Presidente do Brasil: O que muda para o mercado de motos com a entrada do novo mandatário?

 

Para começar, vamos abordar o aquecimento da economia, uma vez que observamos nos últimos dois anos a dificuldade de marcas como Ducati e Indian Motorcycle (Grupo Polaris) em se estabelecer no país. A Ducati ainda conseguiu se manter, pois conseguiu diversificar sua linha introduzindo motos com preços mais acessíveis no mercado nacional, porém a Indian – cujo meu relacionamento foi muito intenso por causa dos trabalhos que fizemos para o concessionário do Rio de Janeiro, Felipe Carlier, grande profissional e amigo – sucumbiu às baixas vendas causadas justamente pelo desaquecimento do mercado.

No Rio de Janeiro, essa sensação de perda foi ainda maior, por conta, principalmente, da derrocada que o Estado sofreu através da corrupção instituída do Governo Sérgio Cabral, algo que esperamos ser combatido de forma ainda mais veemente, graças a escolha do juiz Sérgio Moro para o Ministério da Justiça. Lembramos também que a concessionária do Rio de Janeiro da Ducati encerrou suas atividades e não mais as retomou, o que demonstra aonde essa prática nociva da corrupção crônica nos levou.

Sobre Bolsonaro, podemos dizer que ele já começa bem, pois já fala em reforma da Previdência e está formando um Ministério da Economia composto por notáveis, todos capitaneados pelo bem preparado Paulo Guedes, o “Chicago Boy”. Só com essa medida, o mercado financeiro já acenou positivamente e, caso essas medidas de saneamento econômico sejam implantadas rapidamente, provavelmente teremos uma recuperação da economia brasileira mais rápida do que imaginamos.

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Para aqueles que só gostam das corridas (sem se preocuparem com os movimentos do mercado) e para aqueles perguntam por que certos modelos não estão à venda no Brasil, cabe lembrar que uma operação de produção, distribuição, venda e manutenção no setor automobilístico (motociclístico) envolve uma soma de milhões de dólares, além de uma estrutura muito robusta para que funcione de maneira adequada. Por esse motivo, certas decisões têm de ser tomadas de forma lenta e consciente.

Instituições como a ABRACICLO têm de se alinhar o mais rápido possível com essa nova equipe de governo, pois temos de retomar a ascendente sinalizada entre 2009 e 2011, também um período pós-crise (alta do dólar) que demonstrou o quanto o mercado de motos pode ser forte e influenciar positivamente na economia, claro se isso tiver o respaldo de medidas concretas e acertadas.

Trazemos esta análise num momento em que a BMW Brasil bateu a marca de 50 mil motos fabricadas no país, em aproximadamente nove anos de operação por aqui, fato esse justificado pela coragem de a marca alemã investir num período de extrema crise – um aporte de 60 milhões de reais – e por ter tido a capacidade de lançar modelos mais baratos e direcionados ao mercado nacional, além de se firmar como umas das grandes fábricas nacionais, competindo com marcas tradicionais como Honda e Yamaha, a mais de 40 anos em nosso mercado.

Por todas essas informações, Jair Bolsonaro e sua equipe econômica parecem ser uma ótima opção para termos cada vez mais opções em relação ao mercado de motos, inclusive com a possibilidade de marcas retornarem ao país em médio prazo e de a população aumentar sua renda para voltar a comprar com maior volume esses veículos, tão úteis e necessários ao progresso de um país.

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FONTE: MCB