MUNDIAL DE MOTOCROSS: “Estamos tentando salvar todo o campeonato”




O Presidente da Infront Moto Racing, Giuseppe Luongo, tem passado por tempos difíceis ultimamente, pois continua a tentar definir o melhor cenário para o campeonato MXGP de 2020.

Luongo encontra-se em isolamento com a sua família e, segundo o próprio, não há dificuldade em ocupar o tempo, até porque pode trabalhar a partir de casa.

“Estamos todos muito bem e trancados em casa como dois terços do mundo. Manter-se ocupados não é um problema, porque o nosso trabalho pode ser feito a partir de casa e, graças às novas tecnologias, continua como antes. Aliás, vamos tendo mais trabalho à medida que continuamos a ajustar o calendário e a manter-nos em contato com todos os parceiros e com o nosso pessoal, além de tentarmos ao máximo seguir todas as decisões governamentais em todo o mundo onde temos corridas”, avançou o Presidente da Infront Moto Racing.

“É evidente que a esperança é assistir ao fim desta pandemia e não ver todos os dias o aumento do número de pessoas que morrem em todo o mundo. Vemos muitos sinais positivos vindos de vários governos que nos fazem ter a todos mais alguma esperança. Ainda assim, estamos tentando salvar todo o campeonato ou, pelo menos, o maior número possível de Grandes Prêmios. O fato de, juntamente com a FIM, termos decidido transferir todos os eventos do MXGP do início de junho para julho, foi precisamente para podermos garantir que concretizamos estas provas”, explicou.

Neste momento, com todo o sentimento de dúvida e desconfiança que rodeia a população mundial devido ao surto do coronavírus, é difícil prever quando e em que contornos é que as coisas irão regressar à normalidade. No entanto, Luongo mantém-se positivo e acredita que o setor irá voltar a trabalhar a todo o gás.

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O Presidente da Infront Moto Racing, Giuseppe Luongo

“Sou uma pessoa muito positiva e penso que quando todo o mundo voltar à normalidade haverá um grande impulso para a economia por duas razões principais. A primeira é porque todos terão uma grande vontade de regressar à alegria de viver e sentir mais o valor da liberdade. Vão querer recuperar o tempo perdido, que foi o que aconteceu depois de muitas grandes crises como a guerra ou a grande epidemia. Em segundo lugar, porque praticamente todo o governo e o banco central estão a investir muito dinheiro para apoiar a economia e as pessoas em dificuldades. O momento difícil será entre agora e o momento em que o vírus for realmente detido em todo o mundo, o que poderá levar vários meses e este é o momento crítico em que as pessoas ainda estão assustadas e o governo está a lutar entre a reabertura para relançar a economia e o regresso do seu medo do vírus, o que deixa muita desconfiança. No entanto, temos de enfrentar esta situação de forma positiva, tendo em conta toda a segurança para a saúde, mas também a vontade de recomeçar a nossa vida e o nosso trabalho”, explica Giuseppe Luongo.

Quanto ao calendário deste ano, as alterações já foram muitas e, apesar de já ter sido revelada a nova versão, não é possível ter a certeza de que tudo irá correr de acordo com o que está planejado.

“O nosso plano A é começar o campeonato em julho e terminar no final de novembro/início de dezembro. Caso isso não seja possível, ainda temos o plano B para começar em agosto e terminar no início de dezembro. No entanto, se isso também não for possível, já avaliámos a opção de começar em setembro e terminar no início de 2021, mas esperamos ficar com o plano A ou com o plano B”, revelou o Presidente da Infront Moto Racing, que tem como grande objetivo manter no calendário o maior número de corridas possível.


FONTE: MOTOSPORT

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