Motor Honda não quebrava há dez anos




Último piloto a abandonar uma corrida por causa de problema no propulsor da japonesa tinha sido Nicky Hayden, em 2007

A confiabilidade dos motores Honda é lendária. Tanto que certa vez, em uma reunião no mais alto nível da MotoGP, representantes de equipes e fabricantes estavam discutindo o número de motores que as equipes oficiais poderiam usar em uma temporada. A pessoa encarregada da Honda naquele momento, quando perguntada a sua opinião, respondeu com grande tranquilidade: “Não nos importa, vocês decidem. Nós, com um motor, podemos fazer o Campeonato Mundial inteiro”.

Não seria o caso deste ano, pelo menos para Marc Márquez. O agora vice-líder da MotoGP teve o motor de sua Honda explodido, quando estava em terceiro e preparava seu último ataque sobre a Ducati de Dovizioso e as Yamaha de Viñales e Rossi, os três que chegaram ao pódio.

Desde 2007, não acontecia nada igual. Naquele ano, Nicky Hayden, piloto americano morto há alguns meses, teve o motor da Honda quebrado durante a corrida da Austrália em Phillips Island, quando defendia seu título conquistado em 2006.

Em 2007, a MotoGP implementou o novo padrão de protótipos de 800cc, substituindo o 990cc usado após o lendário 500. A Honda RC212V, que muitos chamaram a moto “feita para Dani Pedrosa” por suas medidas um pouco mais compactas, não deu a o resultado esperado, e além de quebrar o motor de Hayden na Austrália, foi espancada pela Ducati, que venceu o Mundial daquele ano com Casey Stoner. Desde então, não houve mais um problema, até a corrida do último domingo.

Rossi também sofreu em 2016

Márquez não foi o único que sofreu um revés desse tipo. Na última temporada, na Itália, quando Rossi lutava pela vitória e em sua própria casa, sofreu uma quebra no motor de sua Yamaha M1. Depois do abandono em Mugello, Valentino caiu para terceiro no Campeonato, sete pontos atrás do segundo, que era Márquez, e saiu de lá a 27 da Honda, vencedora do título no final da temporada. A ruptura do motor foi considerada por Rossi como uma das causas que o impediram de alcançar o seu décimo título.

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No mesmo grande prêmio, curiosamente, Jorge Lorenzo também teve o motor de sua Yamaha, mas no warm up da manhã, na última volta e com o relógio zerado. Se ele tivesse dado uma volta a menos pela manhã, também teria quebrado durante a corrida.

Rossi teve o motor de sua Yamaha quebrado na etapa do ano passado, em Mugello


FONTE: MOTORSPORT