MOTOGP: Jorge Lorenzo em queda livre




Começa, de certa forma, a gerar vergonha alheia o que sucede em cada fim de semana de Grande Prêmio a Jorge Lorenzo face ao monólogo que o seu colega de equipe Honda, de nome Marc Márquez, vem a protagonizar na MotoGP.

É aterrador o modo como um tricampeão do mundo de MotoGP, sim Lorenzo tem três títulos, está a ser engolido por um outro piloto, que leva no seu currículo cinco coroas mundiais da classe maior. Já não estamos perante uma pequena diferença entre os dois pilotos espanhóis, mas sim um abismo. É isto que separa os craques que de 2010 para cá conquistaram oito dos nove títulos em disputa (!). Daí a denominação de ‘Dream Team’, na imprensa especializada, quando foi anunciada a contratação de Jorge Lorenzo, por parte da Honda. Parece que foi há muito tempo, mas nem meio ano tem o início desta sinergia.

Agora é para um poço sem fundo que está a cair o piloto espanhol e que tem como consequência a degradação a todo o vapor da sua imagem no seio da MotoGP, competição onde é, apesar deste recente filme de terror, uma referência. Basta ver que em cinco Grandes Prêmios já disputados, Lorenzo não conseguiu somar um único top 10. Parece mentira, mas é verdade. Nem na Ducati, onde teve igualmente um início atribulado, as coisas correram tão mal. Ao quarto evento já tinha um pódio. A humilhação ganha ainda outros contornos quando vemos o homem de testes da Honda, Stefan Bradl, a conseguir um 10º lugar na sua única participação (part-time) nesta temporada.

Bem se pode falar de azares, lesões, adaptação a uma nova moto e até de mau olhado, mas tudo isto está a ser penoso e indigno. Não sabemos o que reserva o futuro, mas se as coisas continuarem assim Jorge Lorenzo vai chegar ao final da temporada reduzido a pó às mãos do insaciável Marc Márquez e com a sua permanência na Honda a gerar um intenso debate na mesa redonda japonesa. Aí não serão só rumores e todos nós já sabemos como funciona a mão de ferro de Alberto Puig, chefe de equipe.

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Não é bonito, pois estamos perante um grande campeão e que terá, com carácter de urgência, ir buscar forças sabes-se lá aonde para salvar a cara. Guerrero é o seu apelido e é precisamente um guerreiro que terá de ser até ao final do ano, tal como já foi em outras situações da sua carreira onde conseguiu sair por cima.


FONTE: MOTOSPORT.PT