Há duas semanas, a notícia espalhou-se que Pol Espargaró deixaria a KTM Red Bull ao fim de quatro anos e iria aceitar uma proposta para, durante dois anos, andar ao lado do campeão mundial Marc Márquez na Honda Repsol. Alex Márquez, campeão do mundo da Moto2, seria enviado para a equipe Honda LCR, segundo alguns meios de comunicação especializados.
Agora, Mike Leitner, team manager da KTM, diz que o antigo campeão do mundo da Moto2 Pol Espargaró tem a oportunidade de se tornar companheiro de equipe de Marc Márquez em 2021 após receber uma oferta da Honda Repsol.
No entanto, de acordo com o CEO da KTM, Stefan Pierer, ainda há esperança de que Pol Espargaró permaneça a bordo da KTM, porque aparentemente, de acordo com o seu contrato, não está autorizado a assinar com nenhuma outra equipe antes de 15 de Setembro.
Os managers de outros fabricantes, que aparentemente tinham negociado com o empresario de Pol Espargaró, Homer Bosch, também expressaram a convicção de que Espargaró iria para a HRC nos próximos dois anos. As suas certezas só podem ter vindo de fontes como a KTM ou de Homer Bosch.
Mike Leitner, manager da equipa KTM Red Bull Factory Racing, confirmou que Pol Espargaró recebeu uma oferta para se tornar colega de equipe de Marc Márquez na garagem da Repsol Honda em 2021. O austríaco revelou que o espanhol está neste momento analizando se deve permanecer na KTM ou mudar para a Honda HRC.
Posso apenas confirmar que estas conversas estão a ocorrendo, disse Leitner quando indagado a comentar a possível mudança de Pol para a Honda Repsol. Claro que vamos tentar manter o Pol conosco, mas sabemos muito claramente que há outra opção para ele. Não há nenhuma atualização no momento além disso e quando tudo estiver finalizado, faremos um comentário. Isto vai acontecer nas próximas semanas. Precisamos de tempo para planejar o futuro, por isso precisamos de uma decisão em breve.
Neste momento, é claro, primeiro temos de esperar para ver qual será o resultado final com a situação de Pol, mas, com certeza, em paralelo, temos também de pensar no nosso futuro. Portanto, há alguns cenários em cima da mesa para nós e só podemos ir passo a passo e, finalmente, começaremos a saber que decisões tomar quando as coisas forem decididas.
Se Pol Espargaró deixasse a KTM, significaria que eles têm dois estreantes e um piloto no seu 2º ano sob contrato: Brad Binder da KTM Red Bull Factory Racing e Iker Lecuona, mais Miguel Oliveira, ambos da KTM Red Bull Tech 3. Mas a relativa falta de experiência na classe rainha deixada pela saída de Espargaró não diz respeito a Leitner.
Especialmente no início, quando chegamos a MotoGP em 2017, era muito importante ter alguma experiência de MotoGP na equipe. Agora, a moto já tem um nível para que possamos ver como vai com o Brad Binder, por exemplo, ele esteve no top 10 no Qatar e no teste de inverno em Sepang, tivemos mesmo três pilotos no top 10. Por isso, é muito importante ter um piloto experiente, mas quando a moto é competitiva é cada vez menos importante ter um piloto muito experiente, embora sempre ajude.
O austríaco não seria atraído por eventuais substituições para o antigo campeão do mundo de Moto2. Os atuais pilotos da Ducati Team, Andrea Dovizioso e Danilo Petrucci, foram indicados como possíveis candidatos ao lugar, mas Leitner está confiante de que quem a KTM colocar na sua RC16 de fábrica será capaz de se adaptar:
Todos os pilotos de MotoGP são pilotos muito talentosos. Do Andrea Dovizioso, não tenho a dizer nada, ele é três vezes vice-campeão nos últimos três anos e isso fala por si. Além disso, Petrucci é um grande vencedor de Grande Prêmio. Todos estes pilotos de topo têm um enorme talento e iriam adaptar-se à moto, isso é claro.
Entretanto, apesar de a estrela de Moto2 da KTM, Jorge Martin, estar intimamente ligado, e segundo alguns já ter assinado um acordo com a Ducati Pramac, Leitner insiste que o Campeão do Mundo de Moto3 de 2018 ainda está nos planos da fábrica austríaca para o futuro.
Jorge é, claro, um dos próximos pilotos talentosos a juntar-se ao grid da MotoGP. Já temos uma história com ele e gostaríamos de mantê-lo no nosso grupo. Depende da situação atual, mas temos de começar por cima. Então, ver primeiro o que acontece com Pol e depois podemos pensar o que vem a seguir e a seguir.
FONTE: MOTOSPORT