Alguns pensaram que a chuva iria atrapalhar as expectativas que todos tinham para o Motocross das Nações. Mas a Holanda confirmou todas as previsões e venceu as “Olimpíadas do Motocross” pela primeira vez em 73 anos!
A vitória da seleção laranja foi indiscutível. Glenn Coldenhoff repetiu a “receita” do ano passado e venceu as duas baterias que participou. O discreto piloto holandês voltou a ser a estrela deste evento e não Jeffrey Herlings (2.º/4.º) como se esperava. O “Bullet” cometeu vários erros que impediram de vencer qualquer corrida. Calvin Vlaanderen (10.º/10.º) cumpriu com o que se esperava dele e garantiu duas boas pontuações na classe MX2.
A Bélgica foi uma das principais seleções ao longo de toda a prova e esteve sempre na briga pelos lugares do pódio. Jeremy Van Horebeek (6.º/6.º) teve de utilizar a sua segunda moto na última corrida mas, mesmo assim, foi o melhor representante belga. Jago Geerts (30.º/7.º) fez uma fantástica terceira bateria e, se não tivesse abandonado na primeira devido a um problema mecânico, teria estado na luta pela vitória individual na classe MX2. Naquela que terá sido provavelmente a última corrida da sua carreira, Kevin Strijbos (17.º/11.º) ajudou a levar o seu país ao segundo lugar do pódio.
A Inglaterra parecia estar fora da corrida assim que terminou a primeira bateria devido aos erros cometidos por Adam Sterry e ao abandono por problemas mecânicos de Nathan Watson. No entanto, se há pilotos que sabem lidar com a lama e com a chuva, esses pilotos são os britânicos. Na segunda e na terceira bateria, Shaun Simpson (3.º/10.º), Nathan Watson (36.º/9.º) e Adam Sterry (24.º/12.º) estiveram exemplarmente bem e colocaram a Grã-Bretanha no pódio pelo terceiro ano consecutivo.
A Estónia foi a surpresa desta edição do Motocross das Nações ao alcançarem um brilhante 4.º lugar. Harri Kullas (4.º/12.º) foi determinante neste resultado mas, mais uma vez, o veterano Tanel Leok (13.º/14.º) cumpriu com o seu papel e ajudou a compensar as menos boas classificações de Priit Ratsep (21.º/25.º).
Azarados estiveram os franceses. Vencedora das últimas cinco edições deste evento, a França esteve no 3.º lugar até à última volta da última corrida. O abandono nessa altura de Gautier Paulin (5.º/23.º) devido a um problema mecânico, deixou a seleção gaulesa na 5ª posição e pôs fim à série de vitórias que durava desde 2014. Contribuiu o mau arranque de Jordi Tixier (6.º/16.º) na terceira bateria e a inexperiência de Maxime Renaux (30.º/18.º).
Os EUA tiveram de lidar com condições a que não estão habituados mas a verdade é que a sorte também não teve do seu lado. Justin Cooper (25.º/29.º) era para ser a estrela americana depois da vitória na corrida de qualificação da MX2 mas o piloto da Yamaha cometeu muitos erros. Zach Osborne (5.º/13.º) e Jason Anderson (17.º/8.º) não conseguiram ser consistentes nos seus resultados e, desta forma, a seleção norte-americana não foi além do 6º posto.
Terminou assim a 73.ª edição do Motocross das Nações com a Holanda a inscrever o seu nome na lista de vencedores deste evento. Que venha a edição de 2020 na França!