Há quem diga que para participar no Dakar tem que ter um boa dose de loucura. Mas há sempre quem tenta levar ao limite uma experiência que já é intensa. O Dakar já é uma experiência intensa, por si só, com mecânicos, engenheiros, oficinas móveis, fisioterapeutas, médicos e motorhomes, imagina então participar sem estas estruturas.
O Dakar tem uma categoria tão extrema que só aceita inscrever até vinte pilotos por ano, por questões de segurança. A Malle Moto é a última experiência do Dakar e só é destinada aos verdadeiros guerreiros. Um homem, uma moto e uma mala, milhares de quilómetros pela frente e uma grande dose de determinação e coragem.
É esgotante com o apoio de uma estrutura, mas pelo menos têm-se algumas regalias, desde massagista, a grandes condições no “bivouac” e alguém na equipe a assegurar que está tudo bem com a moto…mas na Malle Moto não há nada. Não há assistência, nem uma equipe de apoio. É apenas o piloto, a moto e uma caixa de metal com as peças indispensáveis para as reparações da moto. Funcionários da organização carregam a dita caixa de metal para cada acampamento e é nessa mala que está a oficina do piloto. E…é só isso.
Imagine: Estar num desafio destes, nos elementos mais duros, em cima da moto entre 10 a 14 horas por dia – com sorte -, para no final da etapa comer qualquer coisa depois de um dia de cansaço e pouca alimentação, e depois que chegar ter que preparar o road book do dia seguinte, preparar a barraca e condições mínimas de repouso, e só depois ir trabalhar na manutenção da moto. Isto com uma média que pode ir de duas a cinco horas de sono por noite durante 14 dias.
Isto é o que passam os pilotos inscritos na classe Malle Moto, a mais extrema do Dakar. Os pilotos desta categoria têm uma área específica no “bivouac” para trabalhar nas suas motos e uma área para instalar a tenda.
‘Esta classe é sem dúvida a maneira tradicional de participar no Dakar. É assim que era originalmente, mas agora evoluiu para este enorme evento comercial. É verdade que tenho alguns bons patrocinadores – sem eles não poderia competir – gosto de manter as coisas tradicionais’, explicou Lyndon Poskitt, segundo nesta classe em 2017 e segundo na geral desta classe após a oitava etapa.
Races To Places Dakar 2018 Feature – The Malle Moto Box
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Posted by Lyndon Poskitt on Tuesday, January 16, 2018
FONTE: MOTORCYCLE SPORTS