Nicky Hayden partius aos 35 anos de idade. O norte-americano não resistiu aos graves ferimentos na sequência de um atropelamento quando treinava de bicicleta em Rimini, Itália.
Foi atropelado por um carro, bateu contra o capô e partiu o parabrisa dianteiro antes de cair na estrada com fraturas graves, incluindo no crânio. Após o sinistro foi encaminhado para um hospital de Rimini em estado crítico, horas antes de ser transferido para uma unidade em Cesena.
Hayden estreou no AMA Superbike em 1999 ainda aos 17 anos, conquistando o campeonato em 2002, tendo somando nestes anos 17 vitórias e 30 pódios – sempre com as estruturas da Honda (American Honda e HRC), construtor ao qual esteve associado durante praticamente toda a sua carreira.
Foi o fabricante japonês que o levou ao Mundial de MotoGP em 2003, permanecendo na Repsol Honda Team até 2008, onde teve como primeiro colega de equipe Valentino Rossi, de quem se tornou amigo. Foram as suas épocas mais bem sucedidas no campeonato no qual se sagrou pela primeira e única vez campeão mundial em 2006 – um ano depois de ter conquistado a sua primeira vitória, em casa no GP dos Estados Unidos de 2005. Já o seu primeiro pódio remonta à época de estreia (2003) no GP do Pacífico em Motegi.
Curiosamente a sua última vitória também foi na prova caseira em Indianápolis, sendo uma das duas que alcançou na temporada do título de MotoGP. Em 2009 passou para a Ducati Team onde permaneceu durante cinco anos com uma carreira menos bem-sucedido: três terceiros lugares em corrida até 2011 – um por ano – foi o melhor que conseguiu fazer, acabando por passar à equipe privada Aspar em 2014. Em 2015 Hayden deu por encerrada a sua carreira a tempo inteiro no MotoGP depois de uma temporada em que só conseguiu terminar no top 15 por cinco vezes.
Em 2016, o norte-americano disputou as suas duas últimas provas no MotoGP alcançando um ponto com o 15.º posto no GP de Aragão pela Marc VDS e um 17.º lugar na Austrália quando substituiu Dani Pedrosa na Honda oficial.
Igualmente no ano passado, Nicky Hayden realizou a sua primeira temporada completa no Mundial de Superbike – também com a equipe oficial da Honda – na qual permaneceu para 2017. Se em 2016 os resultados foram positivos (nunca terminou uma corrida fora do top 10, alcançou uma vitória e outros três pódios rumo ao quinto lugar final), este ano não estava a correr de feição ao #69. Tal como o colega Stefan Bradl tinha vindo a sentir várias dificuldades registando um sétimo lugar na Tailândia como melhor resultado.
Competiu pela última vez no domingo retrasado, em Imola, numa corrida em que fez um 12.º lugar e que havia de ser a sua abruta e inesperada despedida das pistas.
FONTE: MS
