De volta aos treinos para temporada 2021, piloto relembra junto à CBM momentos marcantes que já viveu no BRMX
O #TBTCBM traz nesta quinta-feira (8) um piloto que costuma dispensar apresentações. Jetro Salazar, 29 anos, nasceu no Equador, cresceu no Peru mas conquistou o carinho dos amantes do motociclismo brasileiro há pelo menos sete anos, tempo que reside no país e corre nas competições nacionais. São quatro anos no time Honda Racing, quatro títulos no Campeonato Brasileiro de Motocross e um currículo que totaliza 22 conquistas.
Após sofrer uma lesão no tornozelo direito durante corrida que abria a temporada 2020 e ficar parado por seis meses, Salazar retorna para o BRMX para tentar levar o time vermelho novamente ao pódio da categoria MX1.
As expectativas costumam ser altas todos os anos, mas neste estou mais motivado do que nunca, foram poucas as vezes que me senti assim. Pretendo colocar o número #1 na minha moto ao final da temporada, fala.
Com a pandemia de Covid-19 agravada, a CBM adiou o calendário do Brasileiro, que agora tem início previsto para agosto. Assim como no ano passado a pré-temporada será longa, mas desta vez os pilotos possuem uma data em vista. De acordo com o #60, os treinos serão espaçados e melhor distribuídos.
Não será queimado, de ficar muito em cima da moto em pouco tempo, sabe? Há uma diferença entre treinar bem e treinar muito, diz.
Qual o maior #TBT de Jetro Salazar?
Durante entrevista à CBM (Confederação Brasileira de Motociclismo), Salazar aproveitou para relembrar momentos marcantes de temporadas anteriores que levaram o público à loucura. Confira abaixo:
CBM – Com a lesão você passou um tempo off das pistas e, mesmo online nas redes sociais, a gente não posta tudo que vive. Então vamos começar com uma pergunta que seus admiradores sempre fazem: Por onde andou Jetro Salazar no último ano?
Costumo viajar todos os anos para o Peru, porque minha família morava lá, mas agora que vieram morar no Brasil, fiquei por aqui. Inclusive este é um dos motivos que me deixaram tão feliz neste ano. Eu, meus pais e meu irmão sempre fomos muito unidos, é muito importante tê-los aqui.
CBM – Imagino que não seja fácil para um atleta ficar parado. Quais as alternativas que você encontrou durante este tempo?
Meu hobby sempre foi jogar futebol, mas com as lesões não dava pra ter impacto no joelho e nos tornozelos, então comecei um novo hobby, o tênis. Aproveitei que meu pai e meu irmão estão aqui, também joguei com os meninos da Honda, o Léo, o Hector, além do Dunka, que é meu concunhado e sempre tá lá em casa. Agora paramos porque os treinos de moto voltaram.
CBM – Agora vamos ao que interessa. Hoje é dia de #TBT e queremos saber qual é sua maior lembrança como piloto aqui no Brasil?
Meu maior #TBT foi o primeiro latino-americano que andei aqui no Brasil, eu pilotava uma Kawasaki na época. Naquele momento, quando eu vi a estrutura que tinha o Campeonato Brasileiro comecei a sonhar acordado com o dia em que eu correria aqui e seria igual aos grandes pilotos do Brasil.
CBM – Isso realmente é algo para se lembrar. Mas depois que se tornou um “piloto brasileiro”, qual o título que mais te marcou?
Na verdade o título mais especial é sempre o que está por vir, mas se colocar na balança todos que tenho, não sei qual escolho. Posso citar o de 2016, que foi meu primeiro título brasileiro. Era algo que eu sonhava muito e foi decidido na última etapa, disputei com o Campano o ano todo. Em 2019 também fizemos uma virada linda na última etapa, foram três baterias que consegui ganhar, que se não tivessem acontecido ninguém apostaria que eu poderia fazer isso.
CBM – E por falar em Campano, vocês já travaram disputas lindas no campeonato. Quais as maiores lembranças que tem disso?
A gente tem boas disputas desde que cheguei no Brasil, em 2014. Naquele ano ele machucou o pé, então cheguei com muitas chances para as duas últimas etapas. Fiquei com 25 pontos de vantagem sobre o segundo colocado e só se acontecesse algo muito louco para mudar isso, e aconteceu. Em Santa Maria [RS] tive problema com a embreagem, não terminei nenhuma das baterias e o Campano foi campeão. Em 2016 também fizemos uma disputa boa, fechada até o final. Em 2017 tentei conservar o número #1 mas ele foi muito forte e me passou. O campano é um cara muito raçudo, muito rápido. E é legal ele estar na Yamaha e eu na Honda, isso dá uma apimentada a mais nas corridas.
CBM – Para finalizar não podemos esquecer do seu companheiro de equipe, o Hector. No BRMX 2019 você e ele fizeram um bom trabalho juntos. Pretendem repetir a dobradinha Honda em 2021?
Estou muito feliz trabalhando com ele, não só com ele, mas também com os meninos da MX2 e com toda a equipe. Com certeza nosso objetivo é fazer uma dobradinha, ano passado os dois se machucaram, então sem dúvidas estamos com muita fome de resultados.
FONTE: ASSESSORIA CBM – FOTO: IDÁRIO CAFÉ/MUNDO PRESS