Sem contar com as muitas horas gastas nos deslocamentos, a piloto #277, Olga Roučková, de 34 anos, proveniente da República Checa, já consumiu 70 horas aos comandos do seu quad (mais do dobro do tempo gasto pelo líder da classe à 7ª edição, Ignacio Casale) desde que no dia 6 de Janeiro partiu de Lima, esta que é a sua primeira participação no maior rally do mundo.
A sua carreira como piloto profissional começou nos “Bajas”, e a sua participação no FIM Baja Europe nos últimos 3 anos acabou sempre no pódio. A estréia nos Rallys foi em 2017, com uma participação no Merzouga Rally, prova de preparação para a sua estréia no Dakar, em 2018.
Entretanto não tem sido fácil, mas a sua resistência e determinação têm chamado a atenção dos mais diversos meios de comunicação.
Praticamente todos os dias do Dakar 2018, Olga está entre os últimos participantes a chegar no acampamento, muitas vezes completamente exausta e à beira de um esgotamento psicológico. Como no final do primeiro dia da etapa maratona em que afirmava:
“Estou realmente muito cansada. Só consegui dormir duas horas. Esta etapa maratona acabou comigo. Fui a última a acabar, e cheguei muito tarde ao acampamento. E ainda tive que trabalhar no quad, estudar o roadbook, tomar banho, comer… fiquei sem tempo para descansar!”
Mas os contratempos e as longas horas de pilotagem não desmotivam a jovem piloto.
“É o meu primeiro Dakar, muito difícil, mas estou adorando! Sei que ainda faltam algumas etapas bastante difíceis, mas não me importo. Eu gosto! Por vezes chove, outras vezes há sol, e claro, as dunas! Adoro dunas! Não temos dunas na República Checa! O meu objetivo é chegar ao final. E, quem sabe, talvez voltar no Dakar 2019″.
Entretanto, a sorte está do seu lado, já que com a anulação da nona etapa, entre Tupiza e Salta, a piloto pode aproveitar para um ligeiro descanso.
FONTE: ANDAR DE MOTO
