FOTOS: Abertura do Brasileiro de Motocross estreia com gates lotados e ações sociais em Sorocaba/SP

Foto: Bettina Torrezan



Foi dada a largada neste final de semana, 15 e 16 e abril, em Sorocaba-SP, na temporada 2023 do Campeonato Brasileiro de Motocross. A competição organizada pela Confederação Brasileira de Motociclismo e promovida pela Duas Rodas agitou o interior paulista com disputas acirradas e gates lotados. Foram mais de 510 inscritos maior campeonato de motocross da América Latina, que contou com a presença de aproximadamente quinze mil pessoas que acompanharam de perto durante os três dias de evento, as emoções do esporte que mais cresce no Brasil.

A primeira categoria a estrear na competição foi a MX5, no sábado (15)  com 65 inscritos. E para conquistar uma vaga entre as 40 disponíveis no gate, os pilotos precisaram fazer um treino cronometrado, dividido em duas baterias, com ritmo de prova. Participaram da disputa os 20 pilotos de cada bateria que fizeram o melhor tempo durante o treino. Na primeira prova do dia, o piloto Juca Balla, chefe de equipe do time Yamaha, fez o melhor traçado e conquistou o lugar mais alto do pódio. Jorge Negretti retorna a pista do motocross brasileiro, trazendo emoção. Em uma prova de recuperação o piloto experiente conseguiu ainda conquistar um lugar no pódio.

MX 5

  1. JUCA BALA
  2. ADILSON MAGUILA
  3. LUCIANO DUENTI
  4. JOAO DOIDO
  5. JORGE NEGRETTI

Ainda no sábado entraram na pista inédita de motocross construída em Sorocaba (SP) os pilotos das categorias Nacional e MX2JR. As baterias foram marcadas por trocas de posições que deram um show de emoção ao grande público presente. Confira a classificação da primeira etapa da competição nas categorias:

Nacional

  1. GABRIEL MONTAGNER
  2. RODRIGO GUIMA
  3. JACSON KEIL
  4. RENAN JAPINHA
  5. MARQUINHO MORAES

MX2JR

  1. VITOR BORBA
  2. BE TIBURCIO
  3. OTAVIO PEDRO
  4. ARTHUR GOMES
  5. GABRIEL BILHAR

O segundo dia de prova (16) começou quente e mais uma vez com gates lotados pela categoria MX4. A melhor largada foi do piloto Roosevelt Assunção, atual campeão pela modalidade, mas que vem nesta temporada pontuando pela MX3. Mesmo com o calor intenso o atleta se manteve constante durante toda a prova e terminou na primeira colocação. Pontuando pelo campeonato, o piloto William Guimarães conseguiu alcançar Rogério Nogueira que vinha pela segunda posição. Num erro do piloto, William assumiu a posição e soube administrar até o fim da prova, se mantendo no segundo lugar e garantindo assim, os primeiros 25 pontos do campeonato.

MX4

  1. ROOSEVELT ASSUNÇÃO
  2. WILLIAN GUIMARÃES
  3. ROGERIO NOGUEIRA
  4. TUI LEAL
  5. CRISTIAN KEHL
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Emoção não faltou na prova da 50cc, categoria de base do motocross e que conta com a forte torcida da família dos pilotos. Participam da categoria meninos e meninas de 4 a 10 anos. O gate com 39 motocicleta, mostra a força do esporte e o incentivo aos futuros campeões que encararam os mesmos traçados de pilotos mais experientes. Pela categoria, destaque para Antônio Balbi (KTM), filho do ex-piloto Jorge Antônio Balbi que fez história no esporte, fazendo sua estreia na modalidade com o mesmo numeral do pai (#3). Na pista emoção e comoção não faltaram. Arthurzinho  Lorenzo que vinha liderando a prova até a ultima volta, acabou perdendo posição depois de complicações na motocicleta. O desespero do jovem piloto arrancou suspiros do público, que foi confortado pelo pai. Com a situação, o piloto João Vitor assumiu a ponta da bateria, mesmo sofrendo quedas durante a prova.

50cc

  1. JOÃO VITOR
  2. PEPE FRAGA
  3. ENZO CASTRO
  4. HENRIQUE SPINASSÉ
  5. ARTHURZINHO LOURENZO

As mulheres também brilharam neste domingo. Maiara Basso (Honda), conhecida como a gringa e atual campeã brasileira fez a melhor largada, mas teve desafio para manter-se na posição. Brunna Bartz acelerou forte e colocou pressão sobre a Gringa e acabou assumindo a primeira colocação, até sofrer uma queda por uma retardatária e perder vaga no pódio e importantes pontos para a competição. Com a queda de Bruna, a piloto Sara Raquel (Yamaha) aproveitou  e não aliviou para Basso,  terminando na primeira posição.

MXF

  1. SARAH RAQUEL
  2. MAIARA BASSO
  3. TATA CASTRO
  4. TAINA AGUIAR
  5. LUANNINHA NEVES

A categoria 65cc entrou na pista logo após das primeiras baterias da MX2 e MX1. Um desafio a mais para a nova geração do motocross, já que a formação de canaletas exigiu mais habilidade e atenção dos pilotos. Mesmo com algumas quedas, os pequenos deram um show na pista e realizaram disputas de gente grande.  Vicente Nunes fez a melhor largada, chegou a sentir a pressão do piloto Zion Berchtold na busca pela liderança da prova.  Na tentativa de ultrapassagem, Zion acabou sofrendo uma queda, abrindo vantagem para Vicente Nunes cruzar a linha de chegada com mais tranquilidade. Seguindo na tarde de domingo, a bateria da MX3 com gate também lotado, vibrou a arquibancada com o ronco dos motores. Destaque para Cassio Anacleto e Roosevelt Assunção na briga pela primeira posição.  Anacleto chegou a abrir grande vantagem de Roosevelt, mas num erro foi penalizado facilitando para Assunção se aproximar. Faltando duas voltas pra encerrar a bateria, Anacleto não conseguiu se manter na posição com a pressão de Roosevelt que acelerou forte e ultrapassou o adversário, iniciando a temporada na primeira posição. A penúltima corrida do dia foi MXJR, com vitória do piloto Kevyn de Pinho, que encontrou o melhor traçado entre as canaletas e cruzou o arco de chegada com tranquilidade.

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65cc

  1. VICENTE NUNES
  2. ZION BERCHTOLD
  3. HEITOR MATOS
  4. VITINHO VALE
  5. MIGUEL BOER

MX3

  1. ROOSEVELT ASSUNÇÃO
  2. CASSIO ANACLETO
  3. RODRIGO LAMA
  4. RAFAEL ZENNI
  5. MARCOS MANO

MXJR

  1. KEVYN DE PINHO
  2. PIETRO PIROLI
  3. CAIO GROSBELLI
  4. MATHEUS HENRIQUE
  5. MARQUINHOS GOTO

Na primeira bateira da MX2 Be Tiburcio, piloto que pontua pela MX2JR, largou na frente e se manteve na liderança da prova com disputas acirradas com Henrique Henika. Os pilotos sentiram a pressão de Guilherme Bresolin, que fez uma bela prova de recuperação, e terminou a primeira bateria na primeira colocação. Na segunda bateria, que aconteceu na Elite MX, válida pela segunda bateria da MX2 e MX1, Bresolin manteve o bom desempenho e ficou na ponta da bateria, conquistando o lugar mais alto do pódio.

MX2

  1. GUILHERME BRESOLIN
  2. GABRIEL MIELKE
  3. BE TIBURCIO
  4. HENRIQUE HENICKA
  5. RATINHO LIMA

Pela MX1, destaque  para Fábio Santos (Yamaha) que acelerou forte desde a largada e se manteve na liderança da prova, tanto na primeira como na segunda bateria. As canaletas formadas na pista desafiaram os pilotos e deixaram as disputas ainda mais acirradas. O líder da prova acabou sofrendo queda nas canaletas o que favoreceu Jetro Salazar (Honda), que vinha acelerando forte sobre Santos. Com os erros do primeiro colocado, Jetro ganhou vantagem para assumir a posição. Gustavo Pessoa que vinha fazendo uma boa prova e colocando pressão sobre o piloto Honda, precisou fazer um pitstop, perdendo posições.  Confira como ficou o pódio coma  soma das baterias.

MX1

  1. FABIO SANTOS
  2. PAULO ALBERTO
  3. JETRO SALAZAR
  4. DUDU LIMA
  5. GUSTAVO PESSOA

ELITE MX

  1. JETRO SALAZAR
  2. FABIO SANTOS
  3. PAULO ALBERTO
  4. DUDU LIMA
  5. HECTOR ASSUNÇÃO

Conferir resultados 1ª etapa – Sorocaba (SP)

 

Ação Social Futuros Campeões e Carbono Zero

Na sexta-feira (14) os pilotos das categorias MX1, Dudu Lima, equipe Harsqvarna e Gabriel Andrigo, da Yamaha, e pela MX2, Gabriel Mielke, team KTM, visitaram a  Escola Municipal Flávio de Souza Nogueira, onde compartilharam suas histórias de vida com o motocross e os desafios que encontram dentro da pista e como se prepararam para encarar as disputas. A ação Futuros Campeões é promovida pela Confederação Brasileira de Motociclismo em parceria com as prefeituras das cidades que recebem a etapa do campeonato.

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Jovens da rede municipal de ensino questionaram os pilotos sobre os desafios da pilotagem e o que fazem quando um adversário se aproxima para uma ultrapassagem, uma vez que as motos de motocross não possuem retrovisor. E os atletas responderam em unanimidade que é preciso acelerar e ter a ética dentro do esporte, além de precisar de bom condicionamento físico para lidar com os obstáculos na pista e controle da motocicleta.

Os alunos se surpreenderam com a história do piloto Gabriel Andrigo (Yamaha) que iniciou no esporte aos 3 anos de idade e aos quatro sofreu uma queda durante um treino, no qual teve traumatismo craniano.

Meus pais achavam que eu nunca mais iria querer saber de moto. Depois de sair da UTI a primeira coisa que fiz foi brincar com as minhas mãos nas costas do meu pai, como seu eu estivesse andando de moto” – relembra hoje sorrindo, dizendo que as quedas fazem parte do esporte. Ele alertou ainda sobre a importância do uso de equipamentos de segurança tanto nos treinos como nas provas.

Para alcançar e passar a viver do motocross, Gabriel Mielke, piloto KTM pela MX2, falou do apoio da família e os esforços ao longo da jornada.

Meus pais sempre me orientaram e reforçaram a importância dos estudos. Para conciliar as aulas, com as competições, eu precisei estudar a noite e também a antecipar provas na escola para conseguir viajar para competir – recorda.

Dudu Lima, piloto que também já correu fora do Brasil, como França e México, explicou dos obstáculos que encontram na pista e surpreendeu os jovens quando ressaltou que num salto os pilotos podem chegar a uns 30 metros de altura.

Pilotos ainda participaram no domingo (16) do plantio de árvores na área onde foi construída a pista exclusivamente para receber o campeonato. A Ação Carbono Zero promovido pela Confederação Brasileira de Motociclismo em parceria com a Prefeitura de Sorocaba (SP), visa deixar um legado para as cidades que recebem uma etapa do campeonato e contribuir para redução do impacto da emissão de Co2 das motocicletas.


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FONTE: CBM