O chassi construído com tubos em treliça geralmente pintados de vermelho fez a fama do modelo, que foi lançado em 1993. O motor também fica à mostra.
Apesar da boa fama mundo afora, as vendas da Monster no Brasil nunca foram expressivas. Em 2016, a versão 1200 teve apenas 13 unidades emplacadas. O preço sugerido de R$ 74,9 mil foi um entrave na comercialização: a moto era importada da Itália, o que elevava os custos.
Segundo Breno Reis, diretor comercial da Ducati do Brasil, o panorama deve mudar, já que a motocicleta passa a ser montada na Zona Franca de Manaus.
“Antes a Monster 1200 vinha sempre na versão S. A opção que passa a ser produzida no país tem mais conteúdo e preço menor”, afirma o executivo. A empresa oferece o modelo por R$ 59.990, mas se trata de um valor promocional durante o mês de agosto. Uma nova tabela ainda será divulgada.
O reposicionamento no mercado nacional coloca a Ducati em linha com a concorrente alemã BMW S 1000R (R$ 62,9 mil) e a japonesa Kawasaki Z 1000 (R$ 55,9 mil). A marca italiana espera vender 70 unidades da Monster 1200 até o fim de 2017.
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Ducati Monster 1200, moto que passa a ser montada em Manaus |
O QUE MUDA
O design não teve alterações radicais. Há um novo farol, com projetor de dupla parábola (fachos alto e baixo) e luz diurna com LED, mas o formato do componente permanece como antes.
O sistema de escapamento foi modernizado, bem como o painel de instrumentos. Uma tela digital exibe informações da moto e incorpora o sistema Bluetooth.
Algumas funções da Monster 1200 podem ser ajustadas pelo computador de bordo. O piloto escolhe o modo de condução (urbano, que limita a potência, ou esportivo) e a posição das informações no quadro de instrumentos.
O tanque de gasolina também foi remodelado, e agora tem 16,5 litros -um a menos que a versão anterior.
O motor de dois cilindros (152 cv) tem novos comandos, que controlam a abertura das oito válvulas de forma variável. A evolução técnica busca melhorar o desempenho e reduzir o consumo.
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Linha 2017 da moto Ducati traz faróis com filete de LED que funcionam como luz diurna |
NA PISTA
Testada no Autódromo de Interlagos (zona sul de São Paulo), a Monster prova que as mudanças tornaram a condução mais fácil em rotações mais baixas.
Os engates da transmissão ainda precisam melhorar, embora haja um novo recurso, chamado “Quick Shift”, o que permite trocar as marchas sem uso da embreagem -que passa a ter acionamento hidráulico, mais macio.
A suspensão se mostra bem adequada à Monster, assim como os freios com ABS, sistema que evita o travamento das rodas. Para ajudar quem não é um ás ao guidão, o modo de condução urbano limita a potência a 100 cv. Nessa condição, a Ducati revela seu lado mais racional, quase civilizado.
FONTE: UOL