Foi numa sala de imprensa repleta de jornalistas no circuito de Sachsenring, palco do Grande Prêmio da Alemanha, que o piloto de 32 anos anunciou que irá pendurar as luvas e o capacete após o final da presente temporada, momento em que chega ao fim a longa ligação com a Honda Racing Corporation.
E assim se confirmou o cenário que já circulava no paddock há algumas semanas e fica de fora a tão falada hipótese do piloto espanhol juntar-se à nova equipe satélite da Yamaha, a malaia SIC Racing Team, que ocupará os lugares deixados pela Ángel Nieto Team. Assunto sobre o qual, Pedrosa não quis entrar em detalhes.
“Esta é uma decisão na qual já vinha pensando há muito tempo e é bastante dura, pois esta é a modalidade que amo. Porém sinto que nos últimos tempos não ‘vivo as corridas’ com a mesma intensidade do passado, nesta fase da minha vida as prioridades são outras. Gostaria no entanto de expressar o meu agradecimento por esta longa jornada e a todos aqueles que me apoiaram como a Honda, Dorna e aos fãns que estiveram sempre presentes nos momentos mais difíceis. Cumpri o sonho de criança de ser um piloto de alta competição e durante a minha carreira alcancei mais do que esperava. Dei sempre o máximo dentro e fora da pista. É assim que quero ser lembrado como alguém que deu sempre tudo”, disse Dani Pedrosa.
Pedrosa será indicado como Lenda do MotoGP na última corrida da temporada e da respectiva carreira, no Grande Prémio da Comunidade Valenciana em novembro próximo. Tal informação foi divulgada pelo responsável máximo da Dorna, Carmelo Ezpeleta, também ele presente na conferência de imprensa, que não hesitou em afirmar que a decisão de Pedrosa foi “honesta e leal’.
Durante este anúncio, o piloto de Sabadell não escondeu a emoção, principalmente quando questionado sobre qual o momento, na sua carreira, que recorda com maior intensidade.
“Aquele que guardo com maior carinho foi quando comecei a correr em Jarama. Era muito pequeno e não imaginava que poderia chegar até aqui”
Para a história, que começou em 2001, vão ficar três títulos mundiais, dois na 250cc e um na 125cc, bem como até ao momento 54 vitórias, sendo que desde que está na MotoGP, 2006, venceu pelo menos uma corrida por temporada, tendência que ainda carece de confirmação em 2018. Nota também para o fato de Dani Pedrosa e Valentino Rossi os único pilotos que, até ao momento, já ultrapassaram os 4000 pontos conquistados. Faltou somente o título mundial na classe maior.
FONTE: MOTOSPORT