A 27ª edição teve etapas longas e exigentes mas Lincoln Berrocal (motos) e Javier Fernandez/Marcos Colvero (UTVs) completaram o roteiro com êxito. Já Fernando Rosset/Fabrício Bianchini terminaram o rali com pódio, em 3º na T1 Brasil
Não foi tarefa fácil, mas a missão foi cumprida pelos competidores da Bianchini Rally/Power Husky que cumpriram o roteiro de aproximadamente 4.900 km, durante oito dias, por seis estados (MS, MT, GO, TO, PI, CE) nesta 27ª edição do Sertões, encerrada no último domingo (1), em Aquiraz, no litoral cearense. Dos 187 veículos inscritos no maior rali das Américas, 158 completaram, entre eles 57 motos, 49 UTVs e 29 Carros (Cross Country), 6 quadriciclos e 17 carros de Regularidade. Os três pilotos da equipe que participaram do Dakar 2019 – o uruguaio Javier Fernandez, Marcos Colvero e Lincoln Berrocal – aprovaram o exigente percurso. Aos 60 anos, Berrocal (KTM 450 Réplica) retornou ao grid após 16 anos, mostrando garra e vitalidade e terminou em 8º na Over 45. A dupla Javier Fernandez/Marcos Colvero (Can-Am Maverick X3), ambos pilotos de moto, estrearam nos UTVs e aprovaram a experiência, terminando em 9º na UTV Over 45. Já o cearense Adhemar Pereira, o Índio (KTM 450 Réplica), em sua 10ª participação no Sertões, levou um tombo na metade do roteiro e precisou abandonar a prova mais cedo.
Único competidor estrangeiro a disputar o Sertões sete vezes, o uruguaio tem no currículo cinco participações no Dakar e, nesta edição, decidiu encarar um novo desafio e pilotar pela primeira vez um UTV.
“Foi uma experiência maravilhosa andar de UTV e gostaria de repetir, assim como nas motos (já pilotou carro, motos, quadris e, agora, UTV no Sertões), e voltar o ano que vem com meu parceiro Marcos. Gostei muito do roteiro, achei que esse ano foi bem escolhido”, diz o piloto referindo-se ao amigo gaúcho que navegou pela primeira vez na categoria e também aprovou a disputa nos UTVs.
Fernandez, 51 anos, que é apaixonado pelo Sertões e elogia as belezas naturais do Brasil, sobretudo pelo sertão e litoral.
Já o curitibano Berrocal manteve um bom ritmo de prova e estava entre os 20 mais rápidos da geral até que foi surpreendido por uma outra moto.
“Estava vindo muito bem na prova, até que fui atropelado por um outro competidor e a batida quebrou a minha torre de navegação e, infelizmente, prejudicou todo o resultado que havia conquistado. Mas o importante é que terminei bem, com saúde, não estou cansado, comemorando com os amigos e estou muito feliz por estar aqui”, explica o piloto que completa. “Este meus 60 anos estão bem agitados. Começou com o Dakar, depois o Sertões e, em outubro, vou participar de uma etapa do Campeonato Mundial de Motocross nos Estados Unidos”, conta animado Berrocal.
Após completar a terceira etapa entre Barra do Garças (MT) e São Miguel do Araguaia (GO), Índio levou um tombo com sua moto no deslocamento final e teve um trauma na região pélvica e também na costela, mas sem fraturas, e não pode continuar na prova. Apaixonado que é pelo Sertões, o cearense decidiu acompanhar o rali nos bastidores, mas quando chegou em sua terra a vontade falou mais alto e decidiu fazer a 8º Especial, de apenas 18km, no circuito montado na praia de Aquiraz (CE).
“Não foi o Sertões que imaginei para mim, mas é mais uma lição de vida que levo. Esperamos o ano inteiro para estar aqui com amigos e esse ano teria a etapa Maratona no Jalapão, região que gosto muito de pilotar, mas são coisas de rali. Ano que vem tem mais”, diz o cearense, que foi recebido na rampa de chegada pela esposa esposa e filho.
Pódio para Rosset/Bianchini na T1 Brasil – Fabrício Bianchini completou 16 participações no Sertões e apesar de ter no sangue a paixão por duas rodas – são 25 anos – é movido por desafios e adrenalina. Já pilotou um T-Rex, um UTV e completa sua terceira participação como navegador do estreante Fernando Rosset, desta vez, de uma Ranger construída pela X Rally Team. A dupla desbravou o roteiro, driblou adversidades e completou todas as oito etapas e fechou o rali em 3º na T1 Brasil e, garantiu a 12ª posição na geral dos carros.
“Foi uma experiência incrível andar em um carro competitivo, chegamos a ficar entre os 10 mais rápidos. É uma nave, um dia quero pilotar esse carro e achei o Fernando um baita piloto. Estou feliz da vida e espero que venham mais Sertões como esse”, finaliza Bianchini.
História da equipe – Nasceu em 2005 quando Fabrício Bianchini decidiu montar a sua própria equipe Barueri/SP. Dois anos depois, com patrocínio do Grupo Infinity Bio Energy, juntamente com o piloto Marcos Finato, desenvolveram as primeiras motos de rali a álcool no Brasil. Pioneira com o projeto tornou-se a primeira equipe Carbon Free do Sertões. Entre 2007 e 2010 se chamou Infinity Rally Team, mas a partir de 2012, passou a adotar o nome Bianchini Rally. Nas edições de 2007 e 2008 foi premiada como Melhor Equipe do Rally dos Sertões. Pela tradição e profissionalismo conquistados, o time trabalha com pilotos campeões do segmento duas rodas no Sertões, Campeonatos Brasileiros de Rally Cross Country e de Rally Baja. Nos carros, entre 2013 e 2016, a equipe disputou a Mitsubishi Cup. Em 2018 o UTV entrou na equipe com Bianchini e Indião. Em 2019 mais uma boa novidade chegou para marcar a trajetória da equipe, desta vez, com a parceria com Husqvarna Motorcycles Brasil/Power Husky, tradicional marca de origem sueca conhecida pela alta performance de suas motocicletas. Assim, passou a se chamar Bianchini Rally-Power Husky e o time vem conquistando pódios no Campeonato Brasileiro de Rally Baja.
Mais informações no site www.bianchinirally.com.br e também na página da equipe no facebook.com/equipebianchinirally
A Bianchini Rally conta com os apoios da Shiro, Borilli, Óculos 100%, O Mundo de Maria, Bull Sertões Rally Team,
FONTE: MSuzuki Comunicação – FOTO: Magnus Torquato