Matéria como esta são sempre subjetivas e com certeza alguns leitores terão outra opinião, ou modelos que acham que deveriam ter sido incluídas nesta publicação. Escolhemos estas 10 mais por marcarem uma época, cada uma a seu modo, e várias considerações mais radicais em favor de uma versatilidade que ajudou a torná-las verdadeiramente universais!
10 Brough Superior SS100
Como pode uma moto com 90 anos estar nesta lista? Em 1924, a Brough (pronunciado bróf) atingia os 180 Km/h com o seu motor JAP, era a coisa mais rápida do mundo em duas rodas e exibia uma qualidade de construção sem igual na indústria britânica (dai o Superior). Produziu-se até 1940 em pequenas quantidades e um fato conhecido que o famoso Lawrence da Arábia chegou a ter 7, feitas especialmente para ele por George Brough. Com a segunda guerra mundial a congelar o desenvolvimento de novos modelos, manteve o seu status de moto mais rápida pelos anos 50 adentro…
9 Honda VFR750F
A VFR750 saiu em numerosas versões até 1997, passando depois a 800, mas a mais potente, com 107 cavalos do seu V4 e ainda antes de receber o carismático mas pesado monobraço desenvolvido em conjunto com a ELF, era o modelo original de 1986. Quadro em alumínio e dimensões compactas tornaram-na eficiente em pista mas igualmente procurada como uma moto para uso diário graças à docilidade e disponibilidade do seu motor ultra-quadrado. O modelo também deu origem à mística RC30, mais voltada para a competição.
8 Ducati 916SP
Produto da mente do genial Massimo Tamburini, e ainda hoje considerada uma das mais bonitas esportivas de todos os tempos, estaria em número 1 se estética fosse a única consideração. Escapes sob a cauda, monobraço na roda traseira e muito titânio e magnésio faziam dela um prodígio de dimensões compactas e leve, que em muito ajudaram nos 4 títulos mundiais de Superbike que Carl Fogarty conquistou com a versão de fábrica.
7 BMW R90S
Converter o modelo base das pacatas Séries 7 numa esportiva não pode ter sido tarefa fácil… Carburadores Dell’Orto, discos perfurados e uma versão mais explosiva do motor de 890cc foram o caminho escolhido, com a carenagem do farol que incorporava voltímetro e relógio a mostrar em 1975 o que viria a seguir para todas as esportivas… até as cores matizadas sobre a cor base foram inovadoras e uma real capacidade de atingir os 200 Km/h fez da 90S um modelo de exceção.
6 Yamaha YZF1000 R1
A Yamaha R1 foi outra esportiva que redefiniu os parâmetros da relação peso-potência que uma Superesportiva devia ter… nervosa, incrivelmente esguia e eficiente, era mais pequena que algumas 750 suas contemporâneas e atingiu numa geração posterior a mística relação de 1:1, ou seja, 180 cavalos para 180 Kg de peso. Também foi melhorando com os anos, sendo a terceira e quarta gerações mais estáveis que as nervosas edições originais, que no entanto conseguiram uma legião de fans por todo o mundo.
5 Honda CB750 Four
A moto que introduziu o conceito de Superbike ao mundo não podia faltar nesta lista… apesar da potência modesta para uma 750 de 68 cavalos, a sua suavidade e sofisticação caíram como uma bomba num mundo ainda habituado às inglesas algo rudimentares dos anos 60… depois da CB750 nada seria igual, e cerca de 800.000 unidades depois, o molde que ela estabeleceu continua a ser seguido por muitas esportivas dos nossos dias
4 Yamaha FZR1000
Grande mas com capacidades esportivas incríveis, a FZR 1000, que usava o quadro Genesis de alumínio, marcou uma era em meados dos anos 80, colocando ao alcance de muitos desempenho até então impensado e inspirada nitidamente na competição com a sua válvula de escape EXUP, freio com duplo disco e duplo farol com foco nas corridas de Resistência. O grande torque do motor tornava o câmbio de 5 marchas mais que suficiente para desfrutar de toda a performance da FZR, que ainda conseguia ser confortável.
3 Honda Fireblade
A Fireblade de meados dos anos noventa impôs-se por um caminho diferente das híper-esportivas do seu tempo: quando todos iam à procura de mais potência e depois descobriam as limitações de chassis e pneus, a CBR900RR foi buscar grande leveza combinado com um chassi de alumínio com algum detalhes, fazendo uns (aparentemente modestos) 130 cavalos ser melhor que outros modelos. O conceito de peso de 600 com desempenho de 1000 não passou despercebido, e sucessivos pequenos aumentos de cilindrada mantiveram o modelo na vanguarda até à versão 1000 dos nossos dias…
2 Suzuki GSXR750
A primeira das “race replicas”, uma moto equilibrada, leve, excepcional em todos os aspetos e também, revolucionária pelo seu motor parcialmente refrigerado a óleo. O modelo original de 1986 tinha alguns problemas de estabilidade, mas aliava-os com uma combinação de potência e leveza que dominou as corridas de velocidade em todo o mundo e que se foi perdendo nas subsequentes gerações à medida que a moto era mais “amansada”. 30 anos de evolução mantiveram-na no topo das esportivas, mas o modelo original marcou uma época.
1 Kawasaki Z1 900
“Rainha da Estrada”, os seus 82 cavalos fariam dela hoje uma pacata turística, mas na sua época, foi revolucionária, e o carisma dos quatro escapes e grande motor quatro em linha é inegável. A marca pretendia lançar uma 750 antes da Honda, mas quando esta saiu com a CB750 voltaram à prancheta e aumentaram a parada, com o motor de 908cc e DOHC. Apesar de modelos posteriores virem com frenagem melhorada pela adição de um segundo disco, a Z1 original permanece a mais valiosa para colecionadores.
FONTE: MOTO+