Após polêmica, organização valida segunda bateria da MX2 na Indonésia




O caso estava dando o que falar e parece que a organização do mundial de motocross ouviu as reclamações dos pilotos.

As pontuações na segunda bateria do mundial de motocross em MX2 foram revistas. Esta manhã no site oficial a pontuação considerava apenas os pontos da primeira bateria, mas a Youthstream reviu as tabelas e valorizou o tempo que os pilotos estiveram em pista a lutar pelo melhor resultado possível e em condições muito complicadas.

Com estas mudanças um dos maiores beneficiados é Samuele Bernardini, que venceu assim a segunda bateria da etapa na Indonésia. Além disso Julien Lieber viu, com a revisão dos pontos, saltar para a liderança do campeonato do mundo de motocross:

  1. Julien Lieber – 78 pontos
  2. Jeremy Seewer – 72 pontos
  3. Benoit Paturel – 71 pontos
  4. Thomas Kjer Olsen -67 pontos
  5. Pauls Jonass – 57 pontos

Entenda o q houve:

O MXGP da Indonésia foi prejudicado pelo mau tempo, com a organização tendo que interromper a segunda bateria da MX2 antes do previsto e a cancelar a segunda corrida de MXGP.

Se no caso de MXGP foi fácil atribuir a vitória ao vencedor da única bateria disputada, na MX2 não foi assim.

Seewer venceu a primeira bateria e depois a sete minutos do fim era segundo, atrás de Bernardini. Mas assim que a corrida foi interrompida, os resultados até esse momento foram ignorados, com os organizadores a darem a vitória na overall a Seewer.

Mas as regras dizem outra coisa:

– Artigo 5.24.3. Depois de 51% da corrida ter sido completada

15. Se uma corrida for suspensa após 51% terem sido completados, a corrida é dada como completa. As classificações dos pilotos serão aquelas que estavam quando de terem completado a volta mais recente antes da interrupção da prova.

16. Nesse caso serão atribuídos pontos no campeonato como normal.

Aqui reside a discórdia, uma vez que este foi o caso verificado. A cumprirem-se as regras, Bernardini tinha vencido a segunda bateria, a sua primeira vitória no mundial, uma vez que faltavam sete minutos para o final da segunda bateria quando esta foi interrompida, o que significa, numa corrida que demora cerca de 30 minutos, que se estava a mais de 51% da prova…e assim devia de ter sido dada a vitória ao italiano…mas isso não aconteceu.

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A verdade é que a pista estava em péssimas condições, e a única hipótese para a regra não ser cumprida era que quando foi interrompida a corrida ainda não estivesse a 51% de ser completada. Mesmo em más condições, apenas com sete minutos para o fim certamente que os pilotos estavam a mais de meio, dita a lógica.

Uma coisa é certa, a generalidade dos pilotos não gostou da decisão, que lhes roubou precisos pontos após um dia complicado e onde deram tudo na pista. Imagine-se Bernardini a festejar a vitória, a primeira da carreira no mundial, para depois saber que afinal a corrida não contou?

Um dos pilotos que não escondeu a insatisfação foi Julien Lieber, que escreveu o seguinte na sua página do Facebook: “Olá a todos! O GP correu muito bem, fui terceiro e quarto nas corridas, o que me daria o terceiro lugar na geral e a liderança do campeonato. Infelizmente a Youthstream [promotora e organizadora do evento] decidiu cancelar a segunda corrida, o que significa que continuo atrás do Paturel no campeonato, mesmo com os mesmos 60 pontos. As coisas nem sempre são justas para todos mas vamos lá chegar de qualquer maneira”.


FONTE: MOTOSPORT