Ana Carrasco pode ser a primeira mulher campeã mundial de motovelocidade




Piloto espanhola larga do 25.º lugar, mas ainda pode ser campeã. Foi a primeira mulher a ganhar uma corrida e liderar o mundial de supersport 300.

Ana Carrasco, a guerreira de Cehegín, como lhe chamam pode fazer história no motociclismo. Neste domingo, a espanhola da DS Junior Team pode ser campeã mundial de velocidade classe supersport 300. Um feito sem igual no motociclismo. Será a primeira mulher a consegui-lo.

Carrasco esteve na liderança do mundial grande parte da temporada, mas os últimos quatro grandes prêmios não conseguiu manter o nível que a fez líder e permitiu a recuperação dos rivais. Na última prova da temporada, os treinos em Magny-Cours (França) não lhe correram bem e vai sair no 25.º lugar do grid. Deroue, fez a pole.

“Hoje foi um mau dia, mas o mundial decide-se amanhã”, disse Ana após os treinos livres deste sábado, reconhecendo que a missão é “difícil”, mas que ainda tem esperança que uma má corrida ou uma queda dos rivais faça dela campeã mundial de velocidade.

A primeira mulher em quase tudo…

Ana é natural de Cehegín, Múrcia (Espanha) e começou a correr com três anos. O pai era piloto e cedo lhe ofereceu, bem como à irmã, uma moto. Mas rapidamente ela percebeu que “não era um brinquedo e que podia fazer mais do que passar o tempo a andar de moto”. Aos 13 anos fez a primeira prova e, aos 14, estreou no campeonato espanhol de velocidade.

Habituada a derrubar muros, Ana já tinha sido a primeira e a mais jovem mulher (16 anos) a marcar pontos no Campeonato do Mundo de Moto3, no Grande Prêmio da Malásia de 2013, e a primeira piloto a pontuar em todas as classe desde 2001.

LEIA MAIS:  Brembo admite falha nos freios da Ducati de Jorge Lorenzo

No ano passado, tornou-se a primeira mulher a ganhar uma corrida individual de motociclismo no Campeonato do Mundo, no Circuito de Portimão, em Portugal. Já este ano garantiu a vitória em Imola, na Itália, convertendo-se assim na primeira mulher a vencer uma corrida e a liderar um Campeonato do Mundo sob a tutela da Federação Internacional de Motociclismo (FIM).

“Eu trabalho para obter resultados como piloto, não como mulher. Claro que sendo mulher os meus resultados saltam mais à vista, e isso é importante para abrir portas a outras profissionais”, admitiu Ana Carrasco, que aos 21 anos, pode ser campeã mundial de supersport 300.

Seja qual for o desfecho da prova de domingo, ela garante que a ​​​​​​​MotoGP é um sonho e ninguém a pode impedir de sonhar. Mas primeiro deve passar pela Moto2 (segunda categoria mais importante no motociclismo).


FONTE: DIÁRIO DE NOTÍCIAS