ALEX SCHULTZ: Percalços na pista o deixaram ainda mais forte




No #TBTCBM de hoje (11), o piloto de motovelocidade da Yamaha Racing Brasil, Alex Schultz, de 38 anos, relembra junto à Confederação Brasileira de Motociclismo os momentos mais marcantes de sua tragetória. Em pouco mais de uma década o paulista viveu grandes experiências nas pistas brasileiras, antes e depois de encarar a morte de frente. Apesar de jovem, ele acumula alguns títulos e hoje passa o que aprendeu aos iniciantes na modalidade, com um minicurso de pilotagem, online e gratuito.

Este é o segundo capítulo da série que trará em toda “Quinta-Feira da Nostalgia” histórias marcantes para o esporte no Brasil.

Conheça o piloto do time azul

Alex, assim como grande parte dos pilotos que praticam o esporte, começou nas ruas da cidade. A combinação São Paulo + transito caótico resultaram na compra de sua primeira moto, usada para transportá-lo de casa até o trabalho.

Foi aí que descobri o prazer de pilotar e de voar a meio metro do chão. Mas ele não parou por aí. Depois comecei a pegar estrada e por uma felicidade da vida um amigo me convidou para correr na pista. Lá eu entendi que melhor do que correr na cidade e infringir as regras de transito é desenvolver as habilidades em um ambiente próprio e seguro, fala.

Isso aconteceu em 2009. Depois disso, Alex intensificou os treinos e começou a fazer seu nome nas pistas. Em 2011 foi vice-campeão na classe ninja 250cc light, em 2012 vice-campeão da 500 milhas na 250cc e, no mesmo ano, se consagrou campeão brasileiro na categoria 250cc Pró. Para ele, este é o maior #TBT de sua carreira.

Para mim foi um grande salto, porque naquele momento deixou de um ser hobby para se tornar algo profissional, para o qual comecei a me empenhar, me cuidar como atleta, buscar patrocínio, relembra.Quando você entra no estado de ‘flow’, você esquece seu nome, o CPF, as contas. Esse estado de espírito transcendental acionado na hora da corrida é o que me motiva a viver

Nos anos seguintes, foi campeão paulista, duas vezes vice-campeão paulista e brasileiro. Tudo caminhava – ou melhor, corria – conforme os planos, até que em 2017 ele se acidentou gravemente durante participação no Superbike Brasil, no circuito de Interlagos (SP). O piloto, que na época corria a SuperSport 600c, sofreu uma fratura exposta no fêmur da perna direita, entre outras complicações, e teve que ser reanimado pelos médicos.

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Após se recuperar, Alex até encarou a situação com bom humor, característica conhecida por todos que convivem com ele. “Virei X-Man”, disse à imprensa na época. O que aconteceu não o tirou das pistas, mas o fez refletir sobre sua forma de pilotar durante as competições.

Comecei a repensar se vale a pena ou não ganhar aquele 01 ou 02 [milésimos] em uma curva que envolve risco, relata.

Para a temporada 2021, Alex corre com o uniforme Yamaha na categoria R3 Cup Pró. “Não vejo a hora acelerar”, finaliza.

Conquistas

• 2011 Vice-Campeão ninja 250cc light

• 2012 Vice-Campeão 500 milhas 250cc

• 2012 Campeão Brasileiro 250cc Pró

• 2013 Vice-Campeão Paulista 600cc

• 2013 Vice-Campeão Brasileiro 600cc

• 2013 Personal para pilotos e iniciantes nas pistas.

• 2014-2015 Vice-Campeão Paulista e Brasileiro na categoria 600cc

• 2016 Campeão Paulista 600cc

• 2017 Acidente quase fatal em corrida

• 2018 Retorno a Motovelocidade categoria R3 CUP

• 2020 Piloto e Instrutor de Motovelocidade

Seu minicurso pode ser acessado clicando aqui.


FONTE: ASSESSORIA CBM – FOTO: DIVULGAÇÃO