A CBM (Confederação Brasileira de Motociclismo) vem, por meio de nota oficial, esclarecer sobre a atuação do STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva) do Motociclismo. Embora no motociclismo possa ser considerado algo novo, os Tribunais de Justiça Desportiva devem existir em todas as modalidades esportivas, inclusive no âmbito das Federações Estaduais, conforme prevê a legislação vigente que rege o esporte no Brasil.
O STJD é composto por membros indicados pela OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) e tem sede no Rio de Janeiro (RJ). É um órgão independente administrativamente e financeiramente, sem qualquer tipo de vínculo com a CBM. O objetivo do órgão é julgar denúncias de forma geral, entre atletas e até mesmo com relação a dirigentes do esporte.
Tendo em vista a punição do STJD ao piloto Humberto Alejandro Martin Garaicoecha, cabem alguns esclarecimentos. Durante a 4ª etapa do Campeonato Brasileiro de Motocross, realizada em Morrinhos (GO), em que o piloto disputava a categoria MX1, o atleta foi punido com bandeira preta e desclassificado da prova após se dirigir de forma ofensiva e com palavras de baixo calão ao diretor de prova, Welsey Magalhães, durante a realização das disputas. Alertado pelo diretor para que continuasse a prova, o piloto saiu com a motocicleta acelerada jogando terra em cima do mesmo.
Membros da equipe do piloto também se dirigiram ao local para fazer reclamações e depois ainda à vistoria técnica, onde ofenderam o comissário da CBM em seu posto de trabalho.
Após o ocorrido, o piloto procurou a secretaria de provas para fazer uma reclamação por e-mail. O presidente da CBM, Firmo Henrique Alves, que estava no departamento no momento orientou o atleta que a reclamação poderia ser feita também naquele mesmo momento de próprio punho, oferecendo-lhe um papel. Ocasião em que o piloto Humberto Alejandro Martin Garaicoecha voltou a utilizar de palavras de baixo calão para atacar o presidente da CBM, dizendo que “o papel só serviria para limpar a bunda” do presidente. Tendo em vista a conduta e a forma alterada do piloto, o presidente da CBM não mais se dirigiu ao atleta.
Após o ocorrido, a CBM encaminhou denúncia ao STJD sobre a conduta do piloto e o desrespeito cometido com membros da entidade.Vale ressaltar que a ocorrência só foi encaminhada ao STJD, devido a continuidade do comportamento agressivo por parte do piloto e integrantes da equipe mesmo depois de ser desclassificado da bateria.
O Superior Tribunal acatou a denúncia e citou Humberto Alejandro Martin Garaicoecha para que tivesse direito a ampla defesa e ao contraditório. O piloto compareceu a audiência e pôde apresentar a sua versão dos fatos. Mas diante às provas e testemunhas, o STJD decidiu punir o piloto com a suspensão de duas etapas.
Diante de todo o ocorrido, a CBM esclarece que a entidade prima pelo respeito no esporte. A CBM procura tratar todos com igualdade e profissionalismo e não admite condutas ofensivas e antidesportivas.
FONTE: CBM