Sertões: Dirt Dogs Rally cruza rampa de chegada com cinco pilotos e um deles no pódio




O piloto paulista de São Bernardo do Campo, Marcos Miotto, conquistou a 4ª posição na categoria Moto 3 e subiu ao pódio representando toda a equipe. Dos sete pilotos, cinco completaram o maior rali do mundo

A ideia de montar entre amigos uma equipe especialmente para correr o Sertões 30 anosnão só virou realidade, como cinco dos sete pilotos da Dirt Dogs Rally   chegaram até a final do maior rali do mundo, no último sábado,10. Em Salinópolis-PA, na rampa de chegada – com um belo visual do mar em um dos pontos do extremo Norte do país – Marcos Miotto #32, Luís Santos #73, Murilo Cruz #62, Thiago Ostorero #63 e Fellipe Scaini #29 comemoraram o sonho de completar a edição épica.

Com largada em Foz do Iguaçu-PR, o Sertões foi disputado durante 15 dias, 14 etapas, em 7.202 km atravessando oito estados das cinco regiões brasileiras. Somente nesta edição foram 55 equipes de 18 Estados (mais Distrito Federal) e 308 competidores. E, dentre eles, lá estavam os sete amigos apaixonados por duas rodas e off-road representando a Dirt Dogs Rally.

Formada por quatro paulistas, dois catarinenses e um paranaense, cinco pilotos já haviam participado do Sertões: Luís Santos (Yamaha WR450), 39 anos, de Presidente Prudente-SP, tem um título na categoria Self em 2019. Danilo Tuka (Honda CRF 450X), 39, de Rio Claro-SP; Marcos Miotto (KTM EXC-F450), 37, de São Bernardo do Campo-SP. De Santa Catarina, Fellipe Scaini (KTM EXC-F450), 40, de Tubarão e Edson Candoca (Kawasaki KLX450), 50, de Capivari de Baixo. E dois pilotos estreantes de Itu-SP, que inclusive completaram a prova: Thiago Ostorero (KTM EXC-F 450), 42, e Murilo Cruz (Honda CRF 450X), 33.

Foi um rali de superação, das belezas das matas do Sul e Sudeste, do imponente Pantanal, dos céus do Norte e Nordeste, dos Cânions do Viana que mais pareciam imagens de ficção científica. Muitas foram as histórias de garra do time, entre elas, quando Scaini perdeu o pneu e pilotou mais de 80 km somente com aro traseiro na 4ª etapa e tal proeza fez com que fosse considerado “Herói do Dia” pela organização do evento. Na reta final do rali, Miotto também pilotou somente no aro, mas foram 16km até o final da Especial e ambos não desistiram seguiram focados e completaram as respectivas etapas.

LEIA MAIS:  VÍDEO: Melhores momentos da 9ª etapa do Dakar

Abaixo, um pouco do que os pilotos relataram sobre o Sertões 30 anos:

Marcos Miotto, pódio em 4º na Moto3 (duas participações) – “Chegamos até o fim! Na raça! Sempre quis fazer o rali de 30 anos, sabia seria histórico. Meu primeiro Sertões (2020) não teve metade da emoção deste. Não foi fácil, tive problemas com quedas, equipamentos, pneus e mousses, com físico, dores e tal. Mas se fosse fácil não teria graça! E cada dificuldade engrandece ainda mais o feito! O pódio só veio coroar o esforço que venho fazendo há anos para chegar até aqui. Estou feliz e com objetivos cumpridos. Na equipe, irmãos que a vida me deu no meio do percurso. Sem cada um deles não seria possível! Um sonho realizado. Tudo isso em um Brasil grande, receptivo, acolhedor!

Luís Santos, 7º na Moto 2 (três participações) – “A 30ª edição do Sertões foi épica. O que tive de sorte nas duas primeiras edições (2019 e 2021) se tornaram adversidades em 2022. Na primeira etapa tive problema com o pneu, na 2ª levei um tombo forte em velocidade alta e fui resgatado. Na 4ª o radiador foi furado. E uma quebra na 8ª etapa me tirou da 9ª etapa e só solucionamos com os mecânicos na 10ª. Daí em diante tudo correu bem e tive boas colocações, como na 14ª etapa, quando fui o 14º da geral. A equipe foi um sucesso. Todos os que sofreram problemas mecânicos ou tiveram acidentes, as motos estavam aptas a rodar no dia seguinte. O time todo está de parabéns e virá forte em 2023.”

Murilo Cruz, 8º na Moto3 (estreante) – É cansativo, é doloroso, é frustrante em alguns momentos, seja com os problemas de algum amigo de equipe, seja com a nossa moto. São muitas horas sem dormir, muito calor, alimentação precária. Mas a sensação na hora da rampa da chegada é algo inimaginável. Uma satisfação, uma alegria. A gente chega e pensa: eu rodei mais de sete mil km! Naquela rampa você esquece tudo de ruim e pensa no ano que vem. Certamente estaremos lá novamente!

Thiago Ostorero, 10º na Moto 3 (estreante) – “Meu primeiro Sertões foi bem desafiador, aprendi bastante, não tive maiores imprevistos, alguns poucos sustos diante da grandeza do evento. Fiquei apenas um dia fora da prova, com problemas no quadril, mas achei prudente para conseguir chegar até a última etapa. Tive problema de motor mas como estava com peças reservas consegui voltar para a prova. Apesar de forfetar a 6ª e a 10ª etapas, o resultado foi muito positivo, pois completei o maior rali do mundo. Como primeiro ano da equipe, foi satisfatório, com pequenos acertos que fazem parte do aprendizado. Ano que vem estaremos juntos novamente. Bora para cima no Sertões 2023!”

Fellipe Scaini, 13º na Moto 3 (duas participações) – Disputar essa edição foi muito prazeroso. O primeiro em 2017 já tinha sido um sonho, fazer essa edição histórica foi incrível. Foi um rali de muita superação, determinação, parte física e mental em jogo. Com um roteiro escolhido a dedo. Essa chegada em Salinópolis foi maravilhosa, as cidades sedes foram estrategicamente escolhidas, receptividade da população indescritível. A equipe que montamos especialmente para essa prova foi fantástica. Foi um prazer ter participado com a Dirt Dogs. Fizemos o possível para cumprir todas as etapas e dar alegria para equipe, que tanto nos apoiaram e trabalharam incansavelmente para deixar nossas motos prontas em cada etapa e nossa parte física pronta. E ano que vem tem mais!”

Dois pilotos não completaram o percurso, o catarinense Edson Candoca que sofreu fratura na bacia na 3ª etapa e o paulista de Rio Claro, Danilo Tuka, que teve uma queda na 8ª etapa quando bateu a cabeça. Ambos estão bem.

LEIA MAIS:  FOTOS: Painel de navegação da Honda CRF450 Rally

Ação do patrocinador – Rali e sustentabilidade podem caminhar juntos. Nos dias que antecederam a largada do Sertões, em Foz do Iguaçu, um dos patrocinadores da equipe, a Extrusa-Pack, realizou uma ação na Vila Sertões por meio da distribuição de sacos de lixos Biobags. Para a ação, a mascote da marca, Marina, fez sucesso por onde passou e contagiou a todos também com o engajamento ambiental e social. Os produtos da Extrusa-Pack foram essenciais para a equipe durante todo roteiro que cruzou o Brasil e mais que isso, a empresa incentivando o esporte, sobretudo o rali.

A Dirt Dogs Rally tem patrocínio da Agroflex, Cotton Wrap, PackLixo/ Extrusa Pack e apoio da DS2 Engenharia, Plastolândia, Grupo Scaini, Candoca Supermercados, Certrel, HS Salvaro, Aprov, Giassi e Quimicer.  Mais informações sobre a equipe no www.dirtdogsrally.com.br e Instagram @dirtdogsrally

Resultado Final – Categoria Moto 3 (após 14 etapas) 1) #28 Rodrigo Sallum – 58h21min34s2) #42 J. Britoni – 59h04min22s3) #36 Vinícius Rodrigues – 61h29min32s4) #32 Marcos Miotto – 61h59min37s5) #44 W. Magnino – 62h47min36s8) #62 Murilo Cruz – 74h21min23s10) #63 Thiago Ostorero – 82h51min48s13) #29 Fellipe Scaini – 103h16min33s

Resultado Final – Categoria Moto 2 (após 14 etapas) 1) #6 Bissinho Zavatti – 52h7min22s2) #19 G. Soares – 53h40min20s3) #57 Tiago Fantozzi – 52h45min12s4) #16 Rafael Milan – 59h06min15s5) #45 F.Thuegen – 62h36min49s7) #73 Luís Santos – 89h33min11s

Os campeões da 30ª edição do Sertões foram: Lucas Moraes/Kaíque Bentivoglio (carros); Rodrigo Varela/Matheus Mazzei (UTV) e Bissinho Zavatti (motos). Resultados completos: https://sertoes.com/resultados-app/


FONTE: MSuzuki Comunicação – FOTO: Rodrigo Barreto/Fotop


LEIA MAIS:  Território Motorsport fecha sociedade com Rica Suspensão e vai preparar amortecedores de competições