Regulamento BRMX 2021: confira as melhorias adotadas pela CBM




Para 2021, a CBM (Confederação Brasileira de Motociclismo) promoverá melhorias no Campeonato Brasileiro de Motocross – BRMX – através de um novo regulamento. O documento foi disponibilizado no site da entidade na última semana (15). As mudanças envolvem atualizações no calendário de provas, nos critérios de participação das categorias e nos itens que dizem respeito aos direitos e deveres dos pilotos e suas equipes, bem como as responsabilidades da organização.

O regulamento é pensado e desenvolvido pela Comissão Nacional de Motocross, que no decorrer do ano vislumbra o que é necessário ser adaptado para a próxima temporada.

Trabalhamos algumas questões técnicas no regulamento, procurando torná-lo mais objetivo para a realização da competição, diz o diretor da modalidade, Wesley Magalhães, conhecido como Pakito.

Categorias

Como forma de incentivo aos pilotos, a CBM fez um upgrade em uma das categorias de entrada do motocross. Para esta temporada, apenas competidores amadores poderão disputar a classe Nacional, que antes levava o nome de Nacional-Pró. O parágrafo único do artigo 3.1 diz que “nesta classe não será permitido à participação de pilotos oriundos das classes MX1 e MX2“, para que assim, os menos experientes tenham chances reais de se destacar e chegar ao pódio. Isto se aplica tanto para os competidores do próprio Brasileiro quanto dos Estaduais.

Além disso, o campeão da etapa anterior se torna inapto a participar da Nacional no ano seguinte, visto que adquiriu condições técnicas para “subir”de categoria. As especificações das motos continuam as mesmas.

É uma forma de incentivo para os motociclistas. Como é uma classe em que as motos possuem um preço mais acessível, a chance de termos novos adeptos ao motocross é maior, ressalta o diretor.

Outra preocupação da CBM é com os ex-pilotos, que por algum motivo pararam de correr e desejam voltar em 2021. A categoria MX3 aceitará, nesta temporada, inscritos acima dos 30 anos, desde que estejam há quatro anos ou mais sem correr nas classes MX1 e MX2. Salvo esta exceção, a idade mínima continua sendo 35.

Muitas vezes esses pilotos não têm condições de competir com os pilotos profissionais da MX1 e ficam parados […] assim podemos resgatá-los e vê-los nas pistas, explica Pakito.

As categorias de ponta também sofreram mudanças. Nesta temporada, a categoria Elite MX continua servindo como segunda bateria para as classes MX1 e MX2, mas não terá mais ranking e pódio exclusivos. “A prova da classe Elite MX ocorrerá junto com a segunda bateria da MX1 e MX2, tornando uma única bateria incluindo as três categorias (Elite MX, MX1 e MX2), com pontuação, troféus e pódio separados somente para as categorias MX1 e MX2″, especifica o primeiro parágrafo do artigo 9.1.

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No ano de 2020, três grandes nomes estrangeiros se destacaram na categoria MX1 e, para que a disputa fique ainda mais justa para os brasileiros neste ano, as regras de participação internacional se tornaram ainda mais rígidas. O parágrafo 1 do artigo 2.2, que diz respeito à contratação internacional por parte das equipes, ganhou três novas alíneas. Nelas estao espeficicadas as exigencias sobre a liberação da federação de origem e regras de visto e permanência no Brasil.

A inscrição de um piloto brasileiro para cada piloto estrangeiro continua obrigatória.

Caso as especificações não sejam cumpridas, o inscrito é automaticamente desclassificado. Mesmo com críticas das federações internacionais, a CBM torna cada vez mais rigorosas as condições para receber os participantes de outros países, visto que a prioridade da entidade é para com os brasileiros.

Provas

Algumas mudanças nas regras dos treinos e provas também foram feitas a fim de tornar as corridas mais dinâmicas. A partir deste ano, todas as categorias devem largar com até 40 pilotos no gate. No regulamento anterior, a regra era aplicada apenas na categoria Elite MX. O número máximo de participantes nas demais classes era de 34. Com isso, mais pessoas terão a oportunidade de se inscrever e concorrer ao título.

O tempo dos treinos livres e cronometrados também foi alterado. Agora, todas as categorias possuem 15 minutos para treinos livres, com exceção da MX1, MX2 e MX2Jr, que têm direito a 20 minutos. Nos cronometrados, as classes MX1 e MX2 ganharam 10 minutos de treino: de 20 foi para 30.

Calendário

O campeonato Pró (Elite MX, MX1, MX2, MX3, MX2JR e MXJR), que compreendia o número mínimo de seis etapas, será composto de sete a dez. O campeonato Amador (50cc, 65cc, MXF, MX4, MX5 e Nacional) terá no mínimo cinco etapas ao invés de quatro. A ideia é estender a competição, para que a corrida por pontos se torne mais emocionante e ainda mais justa.

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Com a pandemia da Covid-19, que teve início em março do ano passado, a organização adotou um sistema de rodadas duplas, que agradou os pilotos, patrocinadores e amantes do motocross e deve ser mantido para a temporada de 2021. Sete estados já estão cotados para receber o evento durante o ano. A ideia é que alguns deles sejam contemplados com duas corridas, completando assim o número máximo de etapas.

Além das mudanças citadas nas matérias, outras melhorias relacionadas a especificações técnicas foram feitas no novo regulamento, que pode ser acessado na íntegra clicando aqui.

Confira na íntegra o calendário pré-definido pela CBM:

11/04 – 1 CAMPEONATO BRASILEIRO DE MOTOCROSS – PARANÁ (A CONFIRMAR)

25/04 – 2 CAMPEONATO BRASILEIRO DE MOTOCROSS – SANTA CATARINA (A CONFIRMAR)

16/05 – 3 CAMPEONATO BRASILEIRO DE MOTOCROSS – RIO GRANDE DO SUL (A CONFIRMAR)

20/06 – 4 CAMPEONATO BRASILEIRO DE MOTOCROSS – SÃO PAULO (A CONFIRMAR)

04/07 – 5 CAMPEONATO BRASILEIRO DE MOTOCROSS – MATO GROSSO DO SUL (A CONFIRMAR)

15/08 – 6 CAMPEONATO BRASILEIRO DE MOTOCROSS – RIO DE JANEIRO (A CONFIRMAR)

12/09 – 7 CAMPEONATO BRASILEIRO DE MOTOCROSS – MINAS GERAIS (A CONFIRMAR)


FONTE: CBM